Apoio e subscrevo as palavras do empresário, produtor e mais importante, do sportinguista e consócio Manuel Moura dos Santos, falou num tom quanto baste agressivo, aqui e ali usando de algum calão, mas perfeitamente justificado com aquilo que o mesmo vê, vejo eu e muitos outros sportinguistas vêem, que o Sporting continua grande e sempre continuará, mas o Sportinguismo, esse, virou Reality Show, de muito pior nível que a Casa dos Segredos...uma tristeza.
Todos falam, todos querem aparecer, todos se julgam senhores da verdade, a partir daí tal energia é canalizada para guerras de feudos, grupos e facções, onde criticar é mais fácil do que fazer sugestões e dar ideias, ou partilhar visões, onde ofender é mais fácil do que arregaçar as mangas em prol do Sporting, onde se tem transformado um sentir clubista que sempre foi diferente de todos os outros, igual a todos os outros, às vezes pior que todos os outros.
Uns querem AG para destituição da actual Direcção, outros não, entre reuniões, manifestos e peditórios para angariação dos 60 mil euros necessários à realização de tal AG, andamos desviados dos reais problemas do Sporting e da sua SAD, perdidos no tal Reality Show de que falei acima, ninguém se entende, ninguém promove um clima de paz, união e debate, que poderia ser o passo decisivo para dar a volta a tão preocupante cenário (desportivo e financeiro) que atravessamos.
Mas não, pelos vistos união é parolice, paz é uma coisa ridícula, consenso uma blasfémia, coisas essas essenciais para que se pudessem encontrar meios, investidores e estratégias para um Sporting que fosse melhor amanhã, do que aquilo que hoje é...todos têm projecto, dinheiro, parceiros, mas numa altura em que a nossa Instituição mais precisa, tais promessas e acenos de "rebuçados" não são concretizados, são lemas e discursos bonitos para a imprensa e para os tais feudos, grupos e facções, mas que ao Sporting de nada servem.
Uns querem palco/tacho, outros não os querem perder, e ainda outros que odeiam uns e outros, chega ao ponto de certos sportinguistas canalizarem o seu tempo e energia a ofender, denegrir e difamar outros sportinguistas, faltando àquilo que é e deve ser sempre a sua primeira obrigação, servir o Sporting, sacrificando-se por ele, se necessário for, há quem não entenda isto, e cheira-me que muitos nunca o irão entender...simplesmente porque não querem ou não conseguem.
Mais um ano que passa, e o Sportinguismo a definhar a olhos vistos, desse reflexo nasce uma consequência, um estado de conflito e pequenez que enferma o Sporting Clube de Portugal, que o empurra para baixo e não lhe permite resolver os seus problemas com maior rapidez...recordo-me, em tempos não muito distantes, de existir união, paz e lealdade entre todos os sportinguistas, e nesses tempos também não se ganhava, mas éramos unos, e dentro dessa unidade acabámos por conseguir vencer os nossos dois últimos campeonatos...vale a pena reflectir.
Que saibamos todos que acima de nós, dos nossos egos, ideias, estratégias e posturas sempre esteve, está e estará o Sporting Clube de Portugal, quem não aceitar isso não serve o clube, e quem não serve o clube não deveria considerar-se sportinguista.
Saudações leoninas,
Ruben Proença de Amorim
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