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quarta-feira, 21 de março de 2012

Ser visionário ou coveiro? O futuro do Sporting...


"O Conselho de Administração da Sporting, SAD aprovou a fusão da Sporting Património e Marketing na Sociedade Desportiva, com a extinção da primeira."


Mal saiu a supracitada informação, houve agitações e mini-convulsões de alguns sectores do Sporting, o sector do contra-poder e ambição do mesmo, e o sector dos "want to be", que nunca foram e nunca chegarão a ser, ficámos a saber que para eles a SGPS é importante para o clube, a SAD não, é entre ambiciosos de poder e sonhadores do século XX que o Sporting se vê hoje sem consenso, e provavelmente "atascado" em inviabilizações consecutivas.
O projecto Roquette, criticado por todas as listas que foram a votos nas últimas eleições, deixou ainda estruturas e políticas de funcionamento, as quais é urgente extirpar do seio do Sporting Clube de Portugal, foi no advento desse projecto que se criaram "mil e um feudos, empresazecas e participaçõezinhas", tudo caucionado pelos sócios à data, entre 70 e 90% deles, consoante fossem eleições ou Assembleias-Gerais.
É na memória curta destes associados, experts e sabedores das mais plácidas e cristalinas opções e rumos, a maioria delas adequadas à década de 70 ou 80, que o Sporting se vê hoje perante um impasse, mudar, mudar tudo, seguir em frente, modernizar-se, adequar-se aos tempos em que vivemos ou ficar agarrado a romantismos, conservadorismos e carolices envelhecidas, em suma deixar que poucos mandem mais que a maioria.
Esta fusão (e nem sequer vou abordar a legalidade ou ilegalidade estatutária da mesma, deixo isso para a CMVM, Presidente da Assembleia Geral e em última instância os Tribunais), é, e pelo que já pude verificar e ler, positiva para o clube, pois cria uma estabilidade necessária para futuras parcerias e captação de investimento, requisitos essenciais para a estabilização e solvência do clube e da sua Sociedade Anónima desportiva.


1- Passamos a ter capitais positivos com esta fusão em vez de negativos, conforme se registava anteriormente.
2- Evitamos o perigo da reconversão das VMOC's, esse sim potencial causador de perda de controle estratégico do clube na SAD e de diminuição de poder dos sócios.
3- Reduzimos custos de funcionamento, passando a ter uma sociedade em vez de duas.
4- Capitalizamos a SAD, criando condições mais atractivas para futuras parcerias e investimentos externos.
5- Cumprimos com as regras de Fair-play económico da UEFA, pois existia o risco do nosso clube ser impedido de participar nas competições europeias da próxima temporada.


Além destas vantagens, existem pelo menos mais uma boa dezena delas, indirectas, que podem ter repercurssão positiva na gestão do clube, na sua estabilidade financeira e sucesso futuro, é isto que cabe discutir, e acima de tudo fazer! O Sporting já não se reergue com "conversas de amigos" de imperial numa mão e bifana na outra, os tempos mudaram, ou o nosso clube muda com eles ou arrisca-se a cair num abismo do qual demorará a recuperar, isto se o conseguir fazer de todo.
Percebo a ansiedade e nervosismo de alguns associados, o Estádio, que fazia parte da SPM (SGPS) passará para o controle da SAD, mas a Sporting SGPS e a Sporting SAD são duas empresas do Grupo Sporting, onde o clube (e associados) detém a maioria do capital e controle estratégico, o Estádio estar numa ou noutra é detalhe, continua a pertencer ao clube, aos sócios.
Vivemos um momento complexo e crucial do ponto de vista financeiro e da própria viabilidade e sobrevivência do nosso Sporting, como sócio desejo, como sempre desejei o melhor para a Instituição, mesmo que tenha de alterar certos fundamentos e visões pessoais, no acto de servir o Sporting não podem existir egos, simplesmente o acto genuíno de servir e de querer o melhor para o clube, enquanto todos não percebermos isto...
Cheguei a ler sócios com 20, 30 e 40 anos de filiação a escreverem e afirmarem que preferiam o clube na 3ª divisão, de portas fechadas ou refundado do que perderem um poder estatutário que fosse, a esses só posso dizer o seguinte, sigam a iniciativa do nosso fundador, peçam dinheiro aos vossos "avôs" e fundem um clube novo...porque o Sporting Clube de Portugal já existe e o seu fundador tinha um objectivo claro para ele, que fosse...
“Um grande clube, tão grande como os maiores da Europa”

Saudações leoninas,
Ruben Proença de Amorim

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