Somos um clube de divisões, preferimos a auto-flagelação e a discórdia ao consenso e às uniões, reais, sinceras e aglutinadoras, preferimos um Sporting hiper fragmentado a um Sporting uno, forte e potencialmente ganhador, vivemos num "non sense" que nós próprios, enquanto entidade colectiva, criamos, alimentamos e patrocinamos, parece-me que não temos qualquer vergonha em não ter vergonha, shame on us!
Certas alturas são ex-candidatos derrotados, noutras ex-dirigentes e dirigentes recém-demissionários, todos são sapientes, magnânimos, superiores, todos julgam ser os melhores, os mais conhecedores, e julgam por essa via saber o que é melhor para o Sporting Clube de Portugal, os sócios e simpatizantes deixam-se contaminar por "sound bites" e "fait divers", preocupam-se mais em escolher feudos e facções do que apoiar o clube do seu coração.
É nisto que vivemos desde que João Rocha (dia desafortunado esse) abandonou a Presidência do clube, perdemos força, garra, espírito de conquista, e acima de tudo perdemos o factor decisivo que fazia de nós uma Instituição vencedora, respeitada, por vezes temida...a união, união essa que viajou para parte incerta, e antes de o fazer, lançou pré-aviso de que não tinha data e hora marcada para voltar, triste e sombrio é o que me apraz dizer.
Porque somos do contra, seremos sempre do contra, porque saímos achamos que podemos e devemos falar mal de quem ficou, num registo que só pode viajar entre o oportunismo, a canalhice e a estupidez absoluta...dizemos que somos diferentes, e somos, numas coisas para melhor, mas ultimamente, e desafortunadamente, também o somos para pior, e no meio de tamanha tacanhez e ganância, ficam o Sporting e o sportinguismo cada vez mais fragilizados.
Saudações leoninas,
Ruben Proença de Amorim
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