Número total de visualizações de páginas

sábado, 29 de outubro de 2011

Van WolfsDuque - Por Jorge Gabriel


Van WolfsDuque
"JÁ ESTÁ"

Andam os meus amigos mais preocupados do que eu entusiasmado com o Sporting. É a escassez dos últimos anos que me retira euforia, após tantos desaires de promessas inverosímeis, sustentadas numa experiência com rosto, abafando os reais artífices na vitória, e apontando-os na derrota. Mas o que lá vai, lá vai. A memória perdoa, porém não esquece.
Gosto do arrojo dos novos leões. Reconheço-lhes uma alegria, um denodo à moda antiga que jamais é comparável às conquistas à mingua, em Alvalade, com os adversários a pressionar, e com os adeptos em desespero à espera que o jogo terminasse.
Como aprecio a justiça nos sublinhados, é elementar atribuir louvor aos jogadores, à equipa técnica, aos dirigentes, a Carlos Freitas, a Luís Duque e aos honrosos anónimos que zelam por tudo o resto.
No entanto, permanecem algumas lacunas que em compromissos futuros terei oportunidade de avaliar com detalhe pormenorizado. Apesar deste Polga não ser comparável com o hesitante defesa brasileiro das últimas temporadas, de Evaldo marcar golos, e atacar como só há memória quando usava a camisola do Sporting de Braga, julgo que é neste sector que ainda há muito trabalho pela frente.
Ainda estou para entender o que remeteu Luís Aguiar de volta, as constantes lesões do peruano Rodríguez, o “tem-te Maria não caias” de Izmailov, e a baliza, que ainda não me persuadiu.
Há por estes dias outra atualidade leonina substancial, que nos sujeita a uma sina recente, e que ainda passou incólume aos comentários entretanto redigidos, porque outros proferidos por um responsável eleito do clube são de bradar aos céus e demonstram uma insensibilidade gritante para o cargo que ocupa.
Ao sentar-se na plateia durante a apresentação da lista de Carlos Marta, Luís Duque, não desertou da causa, nem afrontou a instituição que lhe paga, antes colocou o Sporting a jogar nos dois campos de batalha.
Se institucionalmente o clube apresentou o seu apoio inequívoco a Fernando Gomes – segunda ou terceira escolha dos clubes grandes – indiretamente demonstrou uma habilidade estratégica de se lhe tirar o chapéu, ao permitir que o amigo Duque se aproximasse do compincha Marta, com o beneplácito de Fernando Seara, antiga primeira escolha de Luís Filipe Vieira para o cargo em disputa.
E é aqui que reside a minha maioral suspeita. Afinal concorre-se para o elenco total da Federação Portuguesa de Futebol, ou apenas para a presidência do conselho de arbitragem? Terão as divergências na escolha para aquele cargo alicerçado a posição de lealdade de Fernando Seara face a um vetado amigo?
É nestes intrincados folhetins à John Le Carré que o Sporting retomou a sua posição de membro influente no futebol português. Neste romance de espionagem e traições há quem vise as duas balizas: Van WolfsDuque e Valeri Godinov. O ataque parece eficaz, agora a defesa...


Fonte: Record Online

1 comentário:

  1. pois, geralmente, quem joga a dois, ou, mais carrinhos...ganha sempre...desde que a estratégia seja concertada com antecedência...o que eu duvido ,sinceramente é que, neste caso, em particular, o tenha sido...intuições leoninas deste velho leão "jubas"...mais para frente se verá...se o elemento é de concórdia...ou...

    ResponderEliminar