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terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

E que tal um projecto abrangente?

Contam-se cabeças, limpam-se espingardas, orquestram-se e afinam-se equipas e convites nos bastidores, mas soa-me a que vem aí mais do mesmo, mais dos mesmos problemas crónicos de Tesouraria, mais dos mesmos problemas com excesso de quadros e respectivo aumento dos custos com pessoal, mais do mesmo drama de se ter que fazer das tripas coração, mais dos mesmos erros no futebol...e pior, muito pior, mais do mesmo clima de contestação e instabilidade  dentro do Sporting Clube de Portugal, e à volta dele.
O Sporting, estando como está, chegando onde chegou, precisava, como as flores precisam de sol e água, de sair unido e determinado após dia 23 de Março, com um projecto abrangente e consensual, ora com o cenário de cinco, seis ou até sete candidaturas, tal não só se torna improvável, como talvez impossível, os últimos dois anos da vida da Instituição assim o demonstram, e dessa análise podem e devem ser tiradas ilações e até se poderão fazer alguns prognósticos.
O que o Sporting precisa é de viver com o que tem, gastando o mesmo, ou até menos do que ganha, necessita de pôr em marcha um projecto de reestruturação da dívida, da orgânica e seus custos e de implementação de um sistema estanque e mais eficaz (com menos meios financeiros, não há outra solução) no futebol profissional e prospecção, e mais que isso, terá de ver as participações nas provas da UEFA, vendas de jogadores e potenciais verbas de investidores, como ferramentas para abatimento directo do seu enorme passivo.
Perfilam-se já as alternativas da Banca e da sua respectiva engenharia financeira criativa, dos investidores de países emergentes e dos Fundos de jogadores vindos de sei lá onde, aos sócios acena-se com um "rebuçado", e esse "doce amargo" já nós conhecemos bem, é a lógica de se facturar e angariar mais dinheiro, para se poder gastar mais dinheiro, numa visão que não só adjectivo de irresponsável, como de ineficaz na resolução dos problemas financeiros e desportivos da Instituição.
Há que encarar a realidade, nem que com ela se tenha de colidir, ao clube a à SAD só resta o poder de dar dois passos atrás, para mais tarde poder dar três adiante, necessitamos de uma reinvenção quase total do nosso paradigma e forma de nos projectarmos no futuro, de uma maior eficácia na gestão das mais diversas áreas da Insituição...pois sem isso, e sem paz e união, dia 23 de Março será só mais uma etapa, e ao contrário da tão nova e esperada etapa que solucione os nossos problemas, tudo o que daí sair será o que tem sido até hoje, algo insalobro e certamente a prazo.

Saudações leoninas,
Ruben Proença de Amorim

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