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segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Política de bilheteira - Pontual ou duradoura?

Ontem estiveram presentes em Alvalade 38.405 espectadores, assistência que tem de ser catalogada de excelente, o adversário (Beira-Mar) e o ciclo de seis jogos sem vencer por parte do Sporting não propiciava uma grande afluência, e no entanto o jogo de ontem teve a 3ª maior assistência da época, os responsáveis do clube, com Carlos Barbosa à cabeça, terão forçosamente de retirar daí as devidas e necessárias ilações.
A hora acessível do jogo, 17h00, não é justificativo suficiente, mais do que isso, foi a política de bilheteira a ditar regras, os preços acessíveis e a gratuitidade das entradas para crianças até aos 11 anos foi "Rei com olho" em "terra de cegos", a multidão que se deslocou ao Estádio pronunciou-se, num claro sinal para o interior do clube "queremos vir a Alvalade apoiar a equipa, mas a preços convidativos...até tenho Sport TV mas isto é outra coisa" ouvi de um senhor de 50 e muitos anos que se fazia acompanhar por filho e neto.
Há muito que defendo uma política de bilheteira semelhante a esta, não pontual, mas duradoura, que permita ao Sporting e à sua equipa de futebol terem o apoio que merecem, condizente com a sua grandeza, de que serve colocarem-se as entradas a uma média de 20 euros, se com tais preços só temos 20 mil pessoas no Estádio? Baixando essa média para metade, temos 40 mil espectadores, a receita é a mesma, mas o apoio massivo dos adeptos eleva a atmosfera competitiva para outro patamar.
Defendo no entanto que nos jogos com Benfica, FC Porto e Sp.Braga para Liga, e nos jogos das competições europeias, com equipas da mesma dimensão da nossa ou superior, devido ao maior interesse dos adeptos e respectiva procura, a tabela de preços deve ser a dita normal, pois nesses jogos o clube precisa ter receitas condizentes com as suas necessidades financeiras, parece-me de todo lógico e aceitável.
Espero pois que os responsáveis tenham percebido a dimensão e o alcance que esta medida (pontual) teve, num claro sinal que a pontualidade devia tornar-se uma constante, sabemos que ter 40 mil pessoas no Estádio, a baixo preço, é o mesmo que ter 20 mil pessoas a pagar o preço habitual, mas não nos esqueçamos de um pormenor, os 15 ou 20 mil sportinguistas a mais que vão ao Estádio, em condições mais acessíveis, compram merchandising, consomem comidas e bebidas, o que até aumenta as receitas do clube, houve visão, agora é continuar.


Saudações leoninas,
Ruben Proença de Amorim

domingo, 29 de janeiro de 2012

A futura equipa B do Sporting



Zubizarreta disse há uns anos "qualquer grande clube europeu deverá de ter uma equipa B ou de reservas a competir na divisão imediatamente inferior à da equipa mãe, o sucesso da Formação desses clubes e o crescimento sustentado dos jogadores jovens e das segundas opções dos plantéis principais passa por aí", o mítico guardião espanhol abriria um espaço de discussão, especialmente junto daqueles clubes que optaram por extinguir as suas equipas B ou de reservas num passado recente.
Já se sabe que a próxima edição da Liga de Honra terá vinte equipas em vez das actuais dezasseis, e que nela competirão as equipas B de Sporting, FC Porto, Benfica e muito provavelmente do Sp.Braga, as únicas formações do país com capacidade financeira para "sustentarem" orçamentos de equipas na divisão inferior, orçamentos esses que estarão situados entre os 2 e 3 milhões de euros/época.
O Sporting não teve uma boa experiência com a sua equipa B, fruto diga-se, de falta de vontade em investir nesse projecto, e confessemos, alguma inaptidão na sua gestão e sucesso pelos sucessivos responsáveis pelo futebol do Sporting durante essas épocas, agora terá de haver vontade e competência para que a nova equipa B seja um caso de sucesso, a grandeza do clube assim o exige.
Muitos pensarão que uma equipa B é uma extensão da equipa de juniores, uma espécie de degrau intermédio entre a Formação e o plantel principal...mas tal filosofia é de todo incorrecta, uma equipa B é a continuidade do plantel principal, por ela deverão alinhar somente os melhores juniores, os jogadores menos utilizados do plantel principal ou aqueles que procuram retomar a melhor forma competitiva depois de períodos de afastamento por lesão.
Mas há mais, uma equipa B serve também para a aquisição de jovens jogadores, nacionais ou estrangeiros, a baixo custo ou pelos valores estipulados pelos direitos de Formação, que estejam já em idade profissional (preferencialmente na faixa etária dos 19-22 anos), atletas esses que ainda não têm qualidade e experiência para alinharem pela equipa principal, mas que têm potencialidades reconhecidas para lá chegarem, crescendo assim numa equipa B, imunes às pressões e exigências de sucesso imediato de uma equipa principal.
Essa é a filosofia de uma equipa B, mesmo sabendo que a nossa futura segunda equipa não pode ascender à Primeira Liga, ela pode e deve alcançar os melhores resultados possíveis, desportivos, financeiros e no crescimento qualitativo dos jogadores que nela alinharem, é que mesmo não podendo subir, o Sporting B deve tentar estar sempre no topo da Liga de Honra, pois ser campeão dessa categoria não está proibido pelas regras.


Saudações leoninas,
Ruben Proença de Amorim

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Musical do Sporting - A não perder!

Recebi hoje os maiores elogios em relação ao Musical do Sporting, e os mesmos "meteram-me o bichinho" de ir ver, parece que está muito bem encenado, e as histórias da História do Sporting Clube de Portugal roçam o épico e o emocionante, com os espectadores a gritarem "Sporting, Sporting" entre os segmentos e a chorarem...acaba já no Domingo, por isso todos ao Tivoli! Já agora aproveito para fazer uma sugestão que julgo ser fundamental, mesmo a organização e encenação do Musical não estando a cargo do clube, era de todo conveniente lançar-se uma versão em dvd do mesmo, que deve ser colocado à venda na Loja Verde e com opção de compra online. É que ao todo não serão mais de 10, 11 mil sportinguistas que vão ter oportunidade de assistir ao espectáculo in loco, mas nunca nos devemos esquecer dos mais de 3 milhões de sportinguistas espalhados por Portugal Continental, Ilhas e Quatro Cantos do Mundo...que só assim poderão conhecer este trabalho, também eles são o Sporting! 


Saudações leoninas,
Ruben Proença de Amorim

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

A verdade sobre a situação de Labyad

Muito se fala, pouco se acerta, uma análise mais cuidada às regras da FIFA e da UEFA seria mais do que suficiente para esclarecer qualquer dúvida...e que dúvida é essa? A situação do extremo do PSV Eindhoven, o holando-marroquino Zakaria Labyad, que é, para a maioria dos sportinguistas uma história incerta, fruto de muita contra-informação, que urge agora esclarecer.
O Sporting tem de facto um pré-acordo com o jogador e seu empresário para um contrato de cinco temporadas (até Junho de 2017), se tal acordo contempla alguma cláusula indemnizatória em caso de não cumprimento do mesmo, só as partes envolvidas o saberão, mas é um facto confirmado, ele existe no papel, e a vontade do jogador é rumar a Alvalade, mesmo após recentes abordagens de Dortmund, Marselha e Udinese.
Para quem não está familiarizado com as regras dos organismos que supervisionam o futebol, há normas estabelecidas, e tais entidades não "brincam" com elas, o PSV Eindhoven afirma que possui uma cláusula de opção para renovar automaticante o contrato de Labyad, por mais duas temporadas, ninguém o contesta, nem jogador, nem empresário e muito menos o Sporting.
Mas convém esclarecer que tal opção não tem qualquer valor legal...e porquê? Porque Labyad é jogador da formação do PSV Eindhoven, nunca jogou noutro clube enquanto profissional, e tem menos de 21 anos, pelas regras da FIFA e da UEFA, tal cláusula só pode ser accionada unilateralmente (pelo clube) se o atleta já tiver completado 21 ou mais anos à data em que termina o contrato dito "normal".
Como tal, para Labyad permanecer no clube holandês, sendo accionada tal opção, o jogador teria de anuir à sua activação, o que não aconteceu, mais, é fácil perceber que o PSV Eindhoven não tem razão ao nível da jurisprudência e sabe disso, caso contrário não teria apresentado três propostas de aumento de salário ao jogador nos últimos sete meses, tenta assim desesperadamente manter um jogador que não quer continuar no clube.
Não passa pois de uma táctica dois em um, que visa também desinformar os adeptos do clube holandês, adiando as justificações que mais tarde ou mais cedo terão de ser prestadas pelos responsáveis...como se deixou escapar um dos maiores produtos de formação do PSV Eindhoven, já hoje um dos melhores elementos do plantel?...contra factos não há argumentos, e Labyad até já visitou o Estádio de Alvalade e a Academia de Alcochete!


Saudações leoninas, 
Ruben Proença de Amorim 

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Preocupante é apelido!

A equipa do Sporting entrou, poucas dúvidas tenho, numa espiral depressiva e negativa, da qual não dá sintomas de conseguir sair, nem a falta de alguns titulares justifica tudo, há jogadores que estão à deriva, enredados numa enorme negatividade colectiva, nada lhes sai bem, e não é falta de vontade ou qualidade, existe mesmo uma depressão gigantesca no plantel.
Um série de empates não é, por si só, sinónimo de falta de qualidade, a justificação é mesmo a de que a equipa não consegue jogar, pior, não consegue interiorizar que pode e deve jogar, a expressão facial dos jogadores diz tudo, o alarme soou e o "pânico" instalou-se, a solução já não passa só pela equipa técnica, Godinho Lopes e Luís Duque têm de intervir.
Ao bom trabalho que se faz, diariamente, na gestão e liderança do clube, a equipa deixou de corresponder, parece que a equipa de futebol é uma coisa completamente diferente do clube e de quem o gere, e isso terá obrigatoriamente de ser fruto de reflexão e posterior intervenção, falar para a Imprensa e emitir comunicados atrás de comunicados já não chega.
Não ponho em causa a continuidade de Domingos, ou entendo que os actuais dirigentes tenham de ser contestados, o nosso clube já passou por essa cobrança de"ou vai ou racha" num passado recente, e daí não conseguiu tirar nada de positivo, esse também não pode nem deve ser o caminho, a equipa está mal, o clube não, deve ser o clube a contagiar positivamente o plantel e não o plantel a negativizar o clube.
Como sportinguistas temos a obrigação de não abandonar o clube, de estarmos sempre presentes, mas é chegada a fase de exigir mais e tolerar menos, ainda há provas para disputar e conquistar, e nos próximos jogos nada sem ser as vitórias conseguirá reerguer os jogadores e o colectivo, estamos no começo de um projecto a quase quatro anos, sejamos pois pacientes.


Saudações leoninas,
Ruben Proença de Amorim 

sábado, 21 de janeiro de 2012

Fim da linha para Bojinov

Já todos conhecem os factos que levaram à instauração de um processo disciplinar ao búlgaro Valeri Bojinov, que está desde ontem impedido de frequentar qualquer instalação do clube ou da Sporting, SAD., a Administração deste blogue sabe, desde os instantes seguintes ao final do próprio jogo, que a permanência do jogador no plantel, depois deste e de outros episódios de indisciplina, seria fruto de grande improbabilidade.
Bojinov não gostava de ser suplente, a contratação e aposta em Ribas foi o "arrancador" para que "A Bomba", um dos apelidos do avançado internacional búlgaro, explodisse, e explodiu mesmo, mas o historial de mau profissionalismo e conflituosidade de Bojinov não é de agora, já tem mês, mês e meio de "cadastro" em Alvalade.
O búlgaro quis "exorcisar fantasmas", tomar para si a decisão do jogo e assim reconquistar crédito junto dos colegas e da equipa técnica, a forma como o fez, desrespeitando os colegas que dele se abeiraram, empurrando Matías Fernández de forma brusca, a roçar a violência, caiu mal a todos os que estavam no Estádio, colegas, treinadores, funcionários, dirigentes e adeptos.
Bojinov bateu o penalti com todos os "astros" a conspirarem contra si, e deu-se mal, mesmo que tivesse convertido o lance em golo, a posição do búlgaro não seria muito diferente da actual, o falhanço foi a gota que transbordou o "copo" e que lhe abriu definitivamente as portas (da saída) de Alvalade, o crédito e grau de confiança tinham sido hipotecados, irremediavelmente.
Escrevi desde o dia seguinte à sua contratação, que não era jogador para o Sporting, fragilizado fisicamente, com problemas de disciplina em Itália, o custo da operação, 2,6 milhões de euros mais a cedência de Valdés foram o maior e talvez único erro de casting no que às contratações de 2011-2012 diz respeito, os dados estavam lançados, Bojinov cumpriu o papel que dele esperei, não houve portanto surpresas.
Movimento-me nos meandros do futebol e do Scouting e de Itália, ainda quando o Sporting negociava com o Parma, chegaram-me vários avisos e advertências em relação à aquisição do búlgaro, tudo somado ao historial que já lhe conhecia, vislumbrei desde logo este como um dos mais prováveis desfechos possíveis, infelizmente para todas as partes envolvidas, tal cenário confirmou-se.
Resta saber a forma como se processará a saída de Bojinov, por empréstimo até ao final da época, tem Cesena, Levski e Litex interessados nos seus serviços, dando-se cinco meses de tempo para o jogador acalmar os ânimos e para os adeptos "esquecerem" o ocorrido, ou o processo disciplinar redundará numa resolução de contrato por justa causa, com respectivo despedimento, uma coisa é garantida, Bojinov está de saída...pela porta pequena, que ele próprio escancarou.


Saudações leoninas,
Ruben Proença de Amorim

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Manifesto - Ainda não és sócio?



Sportinguistas,


Hoje, mais do que nunca, interessa participar na vida do nosso clube, apoiar a Instituição na sua demanda de grandeza, conquista e crescimento, é pois chegada a hora de colocarem a seguinte pergunta a vós próprios "porque é que ainda não sou sócio?"


Percebo que a conjuntura social e económica do país não ajude a que se tome uma decisão dessas de ânimo leve, afinal sempre são 12 euros mensais (sócio efectivo), 13 quotas anuais (132 euros), nada de gigantesco, mas que pode fazer mossa a alguns orçamentos familiares.
Dirigo-me no entanto àqueles que podendo perfeitamente pagar a quotização, optam por não o fazer, facto estranho para quem se assume como verdadeiro sportinguista, parece assim, e aos olhos de quem está nessa situação, que ser associado do Sporting Clube de Portugal é uma coisa "menor, chata, que me faz ter de pagar mais uma conta por MB todos os meses, não estou para isso!".
Engano total, quem pode pagar as quotizações deve ser sócio, tem essa obrigação moral e sentimental para com o clube que tanto diz amar, é que ser simpatizante de um clube é amá-lo, mas ser sócio e amá-lo e fazer parte da sua História Centenária, participar nas suas decisões, resumidamente ter voz e poder decisório.
No meu caso, pago sempre as quotas de Janeiro a Maio (mensalmente) e em Junho saldo as que faltam até ao final do ano, porquê? Porque em Julho começam as movimentações de Mercado, e o Sporting precisa, como qualquer clube, de ter uma Tesouraria forte nesse momento, daí pagar adiantado o último semestre, ser sócio também é isto, ter visão.


Por isso faço um apelo a todos os sportinguistas que ainda não são sócios, e cuja situação sócio-económica permita suportar tal encargo, dirigam-se à Loja Verde, subam as escadas de acesso à Área do Sócio, levem convosco o BI ou Cartão de Cidadão, e uma foto se não quiserem a do documento identificativo no vosso novo cartão de associado...e façam-se sócios, entrem na História do clube, e sejam bem vindos a uma família com mais de 97 mil pessoas.


E já agora...hoje há jogo, todos a Alvalade! VIVA O SPORTING!


Saudações leoninas,
Ruben Proença de Amorim

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Entrevista da semana cancelada - INFORMAÇÃO





A Administração deste blogue havia acordado com o ex-andebolista Ricardo Andorinho uma entrevista, ainda a semana passada, para que fosse aqui publicada esta semana, ao convite endereçado recebemos resposta afirmativa, e enviámos, conforme combinado, as seis perguntas ao visado, esperando que o mesmo as reencaminhasse com as respectivas respostas.
Tal não aconteceu, após o envio das perguntas, não recebemos mais contacto nenhum do visado, e mais, as mensagens por nós enviadas posteriormente ficaram por responder, numa atitude pouco compreensível e que lamentamos profundamente...o fracasso da realização da referida entrevista ocorre por motivos alheios à nossa vontade e responsabilidade, ainda assim pedimos desculpas aos nossos leitores.


Saudações leoninas,
Ruben Proença de Amorim

Investidores a caminho de Alvalade

Todos sabemos que a maior emergência no Sporting Clube de Portugal, e em particular da SAD, é a componente financeira e a gestão criteriosa do passivo real e consolidado, que será, por estes dias, de 276 milhões de euros...mais do que não deixar o mesmo aumentar, é urgente diminui-lo, para valores que façam do Sporting e da sua SAD entidades desafogadas a nível financeiro, hoje, amanhã e no futuro.
Nesta semana que agora termina, tomei conhecimento, através de fontes absolutamente credíveis, que estão a ser negociadas parcerias com potenciais investidores, investidores esses com uma pujança financeira considerável, que permitiriam ao Sporting subir para um patamar desconhecido nas últimas décadas de existência da Instituição.
Tais demarches têm sido efectuadas com as devidas cautelas e analisadas criteriosamente, não é fácil "exigir" a investidores que injectem capital numa SAD, sabendo à partida que nunca controlarão a maioria do capital da mesma, pois esse continuará sob controle do clube, ou seja os associados do Sporting Clube de Portugal serão sempre os decisores principais dos destinos tanto do clube, como da SAD.
Neste momento a diferença do nosso clube para os nossos mais directos rivais é só uma, dinheiro...e com os novos investidores que se perfilam, o Sporting conseguiria planear a sua componente financeira a médio/longo prazo, baixar os encargos para com a Banca, e elevar o clube ao nível dos seus mais directos adversários, ou até mesmo acima deles, com todos os dividendos institucionais e desportivos que daí serão consequência natural.
2012 será, poucas dúvidas tenho, decisivo para os próximos 10 anos da nossa Instituição, após o ano que findou nos ter trazido reorganização e crescimento do futebol no clube, este que agora se iniciou será, por vários motivos e mais alguns, o ano da vertente financeira e de gestão, onde as medidas tomadas elevarão o Sporting de novo à grandeza que é sua por direito próprio e histórico.
A maior preocupação de quem ama um clube, é a possível não sobrevivência do mesmo, julgo que o Sporting já esteve mais próximo desse trágico desfecho, do que está na actualidade, sabemos bem as condições que os actuais Órgãos Sociais encontraram ao chegar ao clube...um verdadeiro caos, que tem sido corrigido aos poucos, e que sofrerá uma evolução positiva com a chegada de capital à SAD, sendo assim, venham de lá esses milhões!


Saudações leoninas,
Ruben Proença de Amorim

Carta aberta ao consócio Bruno de Carvalho





Caro,

Leio com profunda preocupação as suas intervenções metódicas, ponderadas e articuladas no que ao Sporting Clube de Portugal diz respeito, não pelo conteúdo das mesmas, mas pela estratégia que usa para as difundir, e o timing (parece-me que desgosta profundamente da palavra) que escolhe para que as mesmas venham a público, a maioria dos associados do clube saberão bem ao que me refiro.
Numa coisa concordo consigo, de facto não existe timing para ser-se sportinguista, para se querer o nosso clube no topo, conforme ele merece, para se fazerem sugestões, emitir críticas ou elogios, mas caramba, o seu timing é sempre o mesmo, no infortúnio ou nos momentos menos conseguidos, nesses aparece sempre, nos bons...o silêncio.
O nosso clube teve já a sua dose de instabilidade na última década e meia, de "parasitismo" disfarçado de sportinguismo, e os resultados estão à vista, desportiva e financeiramente, hoje no Sporting não há lugar para contra-poder, e muito menos para projectos de tomada de posse a quatro anos, isso é tão ilógico como é provido da mais infame parvoíce, o Sporting não é um Partido político, e nele um cargo não significa poder e ambição, implica SERVIR HUMILDEMENTE.
A maioria dos associados da Instituição centenária que é o nosso clube querem paz, consenso e sucesso, querem ver os frutos (sejam eles quais forem) do trabalho que está a ser realizado, e que será realizado nos próximos três anos, toda e qualquer visão que colida com este sentimento, está e estará destinada ao fracasso total e absoluto, outra via não existe.
Na sua actuação faz querer transparecer uma maturidade, postura e sabedoria que não possui, mas que insiste em querer fazer vingar, onde estavam elas quando ameaçou (a terceiros) dois associados do Sporting Clube de Portugal na Suíça? Sabendo, ou devendo saber, que tal seria uma impossibilidade total, e que essa "vontade" é fruto do mais reprimido wishful thinking, digno de quem se roga ao longe e encolhe ao perto.
Onde estavam elas quando denunciou dois sócios aos Serviços do nosso clube (que têm mais do que fazer do perder tempo a dar provimento a "birras colegiais")? Simplesmente porque não gosta que não gostem de si, e que existam associados que desconfiam da sua pessoa e dos seus objectivos (recomendo que vá ao Google Search e escreva Democracia, seguido de ENTER), se não encontrar a resposta, os Estatutos do Sporting podem esclarecer-lhe toda e qualquer dúvida.
Diz que não se calará na defesa do Sporting, do seu sucesso e dos seus associados, mesmo que perca apoios com isso, duvido que seja fruto de uma forma de ser altruísta da sua parte...perder apoios ou ficar refém das próprias palavras? Um associado do Sporting Clube de Portugal, que por acaso é um e tão só um entre centenas que já se candidataram nos quase 106 anos de vida da Instituição? Estranho, muito estranho.
Será que pensa já nas eleições de 2014? Quando diz que trabalhará para o Sporting, para o seu futuro e para os associados, pergunto-lhe...quem o mandatou para tal tarefa? Qual o cargo que exerce no nosso clube que estatutariamente lhe atribui tão formosas competências? É que conheço todos os nomes que compõem os Órgãos Sociais do clube, e o seu não consta entre eles.
Apelida aqueles que se lhe opõem de anti-sportinguistas, utilizadores de perfis falsos e recadeiros, só porque pugnam por um caminho diferente daquele que quer implementar em Alvalade, completamente populista, sem conteúdo, sem futuro...apelida consócios dessa forma, sendo que a maioria deles é filiado há mais tempo que o caro.
Mais ainda, quase todos com um percurso, a nível desportivo, de liderança de claques, e participação constante na vida do clube, maiores, melhores e mais presentes do que o seu...quando tive lesões ao serviço da luta desportiva do Sporting e fui a seguir, com dores, para a bancada Sul, ver a nossa equipa de futebol jogar, e só depois ia ao Hospital, onde andava o amigo? A deslocar-se das Avenidas Novas para o Estádio, com o bilhete e quotas pagas pela família?!
Quando acusa um sócio de anti-sportinguista, sócio esse que esteve na Juventude Leonina durante décadas, que se deslocou incontáveis vezes a apoiar o clube e a organizar tais deslocações, pelos quatro cantos do Mundo, onde estava o amigo, no sofá a ver os jogos pela televisão?! Saberá bem a quem me refiro, foi um dos que por si foram ameaçados na Suíça, não se esqueça, a sua memória é selectiva, a de outros é e será longa.
Não somos recadeiros, perfis falsos, ou anti-sportinguistas, temos um percurso no nosso clube, de décadas, sempre presentes, sempre a apoiar, sempre a tentar fazer o melhor pelo Sporting, umas vezes acertando, outras falhando, mas sempre tentado, somos mais do que pensa, somos estatutariamente tanto como o caro é, e percebo que isso o incomode.
Fala de seguidismos e continuidades, mas pergunto-lhe, onde estava o caro de 1995 até ao momento que decidiu candidatar-se às eleições? Em quem votou, se votou, durante esses mais de quinze anos, quem apoiou e a quem se opôs, que medidas aprovou ou reprovou em AG's? Quantas vezes veio a público ajudar o nosso clube, quantas vezes se sacrificou por ele?! 
A maioria dos associados com quem falo, e são muitos, não se lembram, alguns até vão mais longe, dizem que o caro nunca fez nada para defender o nosso clube perante quinze anos da mais insana gestão e liderança, essa é uma realidade presente, concreta e real, com a qual terá de conviver, pois os sportinguistas são inteligentes e sabem ver a léguas oportunismos e aparições de ocasião.
Acusa outros de Sebastianismo, mas quem é o caro senão um "D.Sebastião" de ocasião?! Alguém que aparece qual "Salvador da Pátria", com soluções oligárquicas, vindas de pessoas e meios que são do desconhecimento total do Universo Sporting, sem papéis, sem fundamentos, com uma viagem, meia dúzia de declarações e uma pose para o "boneco", é esse o futuro do nosso clube? Dispenso, a bem do Sporting e da sua existência.
Por último, abdicou do cargo de vice-presidente do Hóquei e patinado do Sporting (uma entidade externa que nada tem a ver com a estrutura do clube), por motivos pessoais e profissionais, mas ainda mantém tal cargo no seu perfil profissional e das redes sociais...pergunto-lhe, seriam esses motivos pessoais e profissionais também impeditivos de exercer o cargo de Presidente do clube? Ou o vencimento de Presidente da SAD, respectivas regalias e estatuto resolveriam facilmente tais impedimentos? Suspeito que sim.


Saudações leoninas,
Ruben Proença de Amorim



quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Muita garra...pouca uva! (Sporting-Nacional)



Muito má a 1ª parte do Sporting frente ao Nacional, má demais para ser verdade, equipa desorientada, desorganizada e pouco pressionante, os piores primeiros 45 minutos da época, ao nível do que já havia acontecido para a Taça de Portugal, em Alvalade, contra o Belenenses, a equipa não se encontrou em campo, um mar de nada portanto.
O Nacional com as suas linhas bem definidas, forte na marcação, saía perigosamente em contra-ataque, antes do 0-1 já tinha havido uma oportunidade flagrante para os insulares inaugurarem o marcador, golo esse que surgiu através de um livre da esquerda, perante esse infortúnio pouco ou nada fez o Sporting, mostrou vontade, mas sem qualidade.
O 0-2 mais do que lógico, surge de uma falha tremenda de Polga, parece-me, e na minha modesta opinião, que esta deve ser sua última época do capitão em Alvalade, espero e faço votos que não lhe seja feita nenhuma proposta de renovação, o Sporting precisa de alguém melhor, mais jovem, e também importante...menos caro (salarialmente falando).
Na 2ª parte tudo mudou, Capel agitou completamente o jogo, Schaars e Elias apareceram ao seu nível habitual, e até Carrillo não desagradou (continua no entanto a não libertar a bola mais rápido), se não fosse o guardião insular e alguma falta de sorte na finalização, o Sporting podia e devia, em circunstâncias normais, ter marcado quatro ou cinco golos durante o segundo tempo.
Salvou-se assim o resultado, já nos descontos, e uma derrota que colocaria o nosso clube em sérias dificuldades para o jogo da Madeira, pois a Choupana sempre foi um terreno "fértil" a maus resultados para o Sporting...resta agora ir ao arquipélago vencer a 1ª final que nos falta na Taça de Portugal 2011-2012.


PS- Bojinov, uma nulidade, nem a expulsão do jogador do Nacional nos ajudou, pois estivemos sempre a jogar com dez.


Saudações leoninas,
Ruben Proença de Amorim



segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Onyewu - BORN IN THE USA

Filho de emigrantes nigerianos que rumaram ainda jovens aos Estados Unidos, Oguchialu Chijoke Onyewu nasceu a 13 de Maio de 1982, na capital Washington D.C, no seio de mais quatro irmãos e de uma família religiosa, dedicada à fé e à solidariedade pelos demais, cedo o jovem Oguchi percebeu os valores que devem nortear um ser humano digno, sensível e trabalhador.
Estudou no Liceu de Sherwood, em Silver Spring (Maryland), cidade onde viveu a maior parte da sua juventude, tendo aí concluído os seus estudos com distinção, frequentou a Universidade nos dois anos seguintes (Clemson University) onde foi jogador da equipa principal, e onde mostrou desde logo qualidades para abraçar a carreira de profissional de futebol.
Sem supresas, e tendo só 20 anos, Onyewu viu-se perante um dilema, continuar a estudar, licenciar-se, ou aceitar a proposta do primodivisionário Metz, da Liga francesa...depois de um período de meditação, decidiu rumar a França, onde jogou pouco de 2002 a 2004 (3 jogos), por empréstimo mudou-se para o La Louvière da Bélgica, onde se destacou em poucos meses.
O histórico Standard avançou para a sua contratação em 2004, o gigante norte-americano foi figura de proa nos "vermelhos de Liège", esteve 5 épocas no Maurice Dufrasne (Sclessin), registando ainda uma cedência de meia temporada ao Newcastle, as atenções do "colosso" AC Milan viraram-se para Bélgica, corria o ano de 2009 e Onyewu "aterrava" em San Siro.
Em 18 meses nunca alinhou em partidas oficiais pelo clube milanês, resultado de sucessivas lesões e problemas musculares, sendo naturalmente emprestado ao holandês Twente na última metade da época 2010-2011, onde não mesmo jogando muito, cumpriu o que lhe fora exigido, ajudar a equipa a cimentar o seu estatuto europeu.
De regresso a Milão, sem espaço no plantel, e com vontade em mudar de ares, Onyewu foi dado como dispensável, o Sporting, através de Luís Duque e Carlos Freitas, aproveitou a "deixa" e contratou o "Capitão América", a custo zero...chegava assim ao Alvalave XXI com 29 anos, assinando por 3 épocas.
Em pouco mais de 6 meses, o norte-americano, chegou, viu e convenceu, sendo neste momento considerado o esteio da defesa sportinguista, onde defende como poucos, joga e até marca golos,  é acarinhado por toda a massa associativa leonina, que o apelida de "Capitão América"...Onyewu mostra-se feliz nesta fase da sua carreira, e o Sporting agradece.


Saudações leoninas,
Ruben Proença de Amorim

Politiquice e técnica de Comunicação rudimentar



O carácter de um verdadeiro sportinguista revela-se na adversidade, na clarividência para se ter a noção das nossas atitudes e acima de tudo na postura mental que se exige a quem diz que é do Sporting, mas não deste Sporting...como se fosse possível dissociar um do outro, mas neste caso as agendas políticas e pessoais, aliadas a um ego exacerbado não permitem mais.
O ex-candidato Bruno de Carvalho continua a percorrer a sua "Via Sacra", a destilar a sua animosidade contra uma só pessoa, o Presidente do Sporting Clube de Portugal, pessoa essa que tem tido a coragem de eclarecer os sócios acerca da realidade com que se deparou ao chegar ao clube, e que tem feito o melhor possível com os trunfos que tem ao seu dispor.
Nas vitórias o silêncio, nas derrotas ou empates o parasitismo do costume, num registo de politiquice bacoca, incorporado numa estratégia de Comunicação antiquada, pura e simplesmente rudimentar, onde o egocentrismo e ambição pessoal não têm, já o sabemos, quaisquer limites.
Interessa aparecer, falar, criticar, não deixar a "vela" apagar-se, o resto, a credibilidade, a postura, a calma, são palavras de dicionário, para ler porque estão lá, mas para não serem utilizadas no dia-a-dia, no sportinguismo...as suas recentes declarações à Lusa, são disso maior exemplo, a perfidez continua, impera, porque certas pessoas são assim mesmo.
Quem tanto trabalho teve a granjear apoios e capital de confiança, deixa-se dominar pelo ego, arruinando literalmente aquilo que conquistou, apoios, apoiantes, futuro, os tiros nos pés são tantos que os mesmos a esta altura devem, com toda a certeza, dar para escorrer esparguete, sendo grave, não deixa de ser cómico.
Olhando para determinadas situações e atitudes, remeto-me para os meus tempos de Liceu, onde era normal existirem comportamentos desta natureza, na vida adulta o caso torna-se preocupante,  patológico, com laivos de desenquadramento a nível da mais básica sociabilização...há que saber que nesta vida vale sempre a pena tentar, mas não vale tudo.
São centenas ou mesmo milhares os apoiantes de tal individualidade, que hoje se penitenciam por terem apoiado e votado nesta linha de pensamento, nesta ambição sem limites, desses conheço dezenas deles, pessoalmente, e os sportinguistas, no seu todo e numa esmagadora maioria, não podem estar enganados...e sendo assim, o futuro de uns, a nível da nossa Instituição, acabou de forma irreversível.


Saudações leoninas,
Ruben Proença de Amorim

domingo, 8 de janeiro de 2012

Ainda a história do Público

Ontem, no jogo Sporting-FC Porto, um jornalista do Público foi impedido de entrar nas instalações do Alvalade XXI, mais do que se saber se tal jornal pediu ou não a respectiva acreditação em tempo útil, ou se o Sporting Clube de Portugal e os seus responsáveis "ripostaram" contra a notícia sobre as imagens do corredor de acesso aos balneários, cabe discutir o que é hoje Informação e o papel dos Órgãos de Comunicação Social.
Todos, ou quase todos conhecerão a notícia que tal jornal publicou, com honras de primeira página, o seu timing e o "interesse público" invocado pela Diretora daquela publicação (Bárbara Reis), num registo pouco dado a coincidências, e que serve, suspeita-se, os interesses de terceiros, mais concretamente os do clube  do qual o proprietário do jornal é associado.
Hoje os Órgãos de Comunicação Social transformam a Informação em Entertenimento, a fluidez e simplicidade que deve nortear as notícias em algo desprovido de ética, profissionalismo e lucidez...disseca-se a tragédia, o infortúnio e as crises, porque as histórias com final feliz, onde o sucesso pessoal e humano vinga, não interessam divulgar...resumindo, não "vendem".
É pois de lamentar o rumo que a Informação tomou em Portugal nos últimos anos, desvirtuando tudo aquilo que tem a ver com a verdadeira essência de tal actividade, o acto puro e simples de informar, dá-se voz a jornalistas com competência profissional contestável, e mais grave, que defendem muitas vezes as suas "damas" e os interesses de terceiros.
Por último quero manifestar a minha total solidariedade, pessoal e institucional, para com a decisão tomada pelos responsáveis do Sporting Clube de Portugal, mais do que legal ou ilegal, ela é o direito mais elementar à defesa da honra e à indignação, Cristo dizia para oferecermos a outra face, fácil de dizer, difícil de fazer, especialmente para um clube que tem, a nível de Imprensa e não só, "apanhado" tanto nos últimos anos.


Saudações leoninas,
Ruben Proença de Amorim

sábado, 7 de janeiro de 2012

Hoje só interessa ganhar! Força Sporting!



Passam os minutos e a hora do grande clássico aproxima-se rapidamente, hoje o Estádio de Alvalade registará, garantidamente, a melhor assistência da época, o jogo seria sempre importante, mas para o Sporting, estando a seis pontos da liderança, reveste-se de uma importância quase decisiva.
A época desportiva da equipa de futebol do nosso clube está, até à data, a superar todas as expectativas, até as mais optimistas, e hoje estaremos sujeitos à situação maior que define os campeões, a pressão de vencer, de superar os limites, de dar tudo por tudo, não sendo um jogo de vida ou morte, é fundamental ganhar e convencer.
Aos jogadores do Sporting, à equipa técnica, aos dirigentes e administradores, e nunca esquecendo, aos adeptos sportinguistas que vão marcar presença em Alvalade, só resta uma coisa...acreditar, lutar, apoiar, como um que sou entre muitos milhares, farei aquilo que vos peço a todos, transcendam-se!!!


FORÇA SPORTING!!!


Saudações leoninas,
Ruben Proença de Amorim

A Imprensa e a onda anti-Sporting



Podia ser exagero, soar a teoria da conspiração, mas penso que já foi transposta essa fase, o que parecia fruto do acaso é já hoje uma certeza, o objectivo dos Órgãos de Comunicação Social e de quem indirectamente deles colhe frutos e os influencia, é claro, diminuir o Sporting e não o deixar reocupar o lugar que é seu por direito próprio, histórico e natural.
Desde o início da época 2011-2012, a par dos bons resultados desportivos da equipa de futebol profissional, e da ideia de que o nosso clube ia lutar pela conquista da Liga, que tais manobras têm ganho corpo, peso e acima de tudo têm sido constantes, e cuja "insana" espiral que hoje registamos começou aquando da detenção de alguns elementos da Juventude Leonina.
Correio da Manhã, Record, Público e O Jogo (outros há) têm estado na linha da frente de tão vil campanha, transformando o que devia ser serviço de Informação, em entretenimento e calúnia, tudo para servirem os seus interesses economicistas, e mais grave, para satisfazerem os mais directos rivais do Sporting Clube de Portugal.
Parece-me óbvio que existe um "Movimento" camuflado, que tenta dar força a um sentimento de desestabilização, sentimento esse que esperam tais apologistas possa "minar" o Sporting, o seu trajecto e o seu sucesso enquanto Instituição, isto aproveitando o facto do nosso clube não ter influência na Imprensa, e de tal sector de actividade saber que os nossos rivais "vendem mais".
Desta vez foi o jornal Público, a "puxar" a história de umas supostas fotografias que forram hoje o corredor de acesso aos balneários, catalogando-as de violentas, xenófobas e incendiárias, tais imagens foram colocadas naquele local no começo da época, e por elas já passaram centenas de jogadores, dezenas de árbitros e dirigentes, e outras personalidades, de várias etnias, credos e nacionalidades, não se conhecendo até hoje a crítica de uma só dessas pessoas.
Sabemos bem o que interessa à Imprensa, aos seus accionistas, Directores e Editores, e aos clubes que têm ganho sistematicamente, à conta da fragilização do Sporting, peso no seio da arbitragem e Comunicação Social...o repto está lançado, há que ter coragem de perceber que o tempo do acaso já lá vai, e que o Sporting esta época, como clube potencialmente ganhador, tem tantos adversários e rivais dentro das quatro linhas, como fora delas.


Saudações leoninas,
Ruben Proença de Amorim

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Vídeo não oficial do plantel do Sporting 2011-2012





© Todos os direitos reservados, não deve ser difundido, partilhado, editado, cedido ou comercializado a terceiros sem a autorização prévia do criador (Ruben Proença de Amorim)

VÍDEO

Mercado - Encaixe financeiro com a 2ª linha?



Sabe-se que os responsáveis pelo futebol do Sporting não vão vender nenhuma das unidades "nucleares" da equipa em Janeiro, e não estarão muito receptivos a que isso aconteça também no final da corrente época, excepto se algumas das cláusulas de rescisão forem accionadas, a partir de Julho deste ano.
É no entanto urgente realizar algum encaixe financeiro com a venda de jogadores, neste caso os jogadores de 2ª linha do plantel entram, por razões desportivas e financeiras, nessa equação...Evaldo, Daniel Carriço, André Santos, Pereirinha, Matías Fernández e Bojinov são jogadores que têm algum Mercado, e que renderiam verbas próximas dos 20 milhões de euros.
Penso que o fortalecimento do plantel para 2012-2013, e uma parte significativa do Orçamento para essa época pode e deve passar por essa via alternativa, até para que a SAD não tenha de contrair empréstimos onerosos para "alimentar" o plantel principal na próxima temporada desportiva.
Cabe pois agir em consonância com tamanho objectivo, começando-se desde já a procurar alternativas e possíveis interessados nos jogadores do lote acima referido, e após essa fase, colmatar essas saídas com jogadores de maior qualidade, de preferência com custos reduzidos (jogadores livres ou cedidos pelo clube, e até emprestados, com ou sem direito de opção).
Na nossa Liga, e noutras do futebol internacional existem jogadores de qualidade, com esse tipo de perfil, um pouco à imagem do que aconteceu com Xandão e Ribas, e com Labyad, é aí que o Sporting precisa de investir em 2012-2013, numa lógica de fortalecimento gradual do plantel, e acima de tudo seguindo uma linha de rumo de Gestão rigorosa (desportiva e financeira) que permita maior desafogo na hora de comprar, esse parece-me portanto o caminho a seguir.


Saudações leoninas,
Ruben Proença de Amorim

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Entrevista com Fernando Machado



Ilustre sportinguista do Norte, nascido em 1977, homem de valores vincados, com um percurso académico e profissional de excelência, docente com várias especializações e com o grau de mestre, Fernando Machado é alguém que vive o Sporting e o sportinguismo com paixão e visão.
Ligado ao mundo do futebol, foi Vogal do FC Avintes, onde foi o Responsável pela Área Financeira, de 2010 a 2011, foi ainda comentador e analista desportivo no programa "A bola é redonda" do Porto Canal, de 2007 a 2011.  

1- Como vê o momento actual do Sporting, a nível do futebol?

Creio que Sporting ainda se está a encontrar como equipa, com os jogadores a revelarem, jogo após jogo, mais entrosamento entre si e melhor conhecimento da estratégia de Domingos. No entanto, considero ser um momento muito bom pois o futebol que o Sporting já pratica, apesar de estar ainda numa fase inicial dos novos processos e metodologias, já permitiu recuperar a alegria dos sócios e adeptos. Renovamos a nossa eterna paixão e voltamos a acreditar que é possível. Apesar de estarmos no início, o Sporting está de volta!!!

2- A situação financeira do clube preocupa-o?

Preocupa-me a situação financeira do Clube como me preocupa a situação financeira de outras empresas e do país no seu todo. Mas julgo que não devemos colocar as preocupações à frente da confiança numa recuperação desejável e possível, quer a nível desportivo como financeiro. Tal como na economia é fundamental o índice de confiança dos consumidores, no Sporting é crucial  o índice de confiança dos Sportinguistas, que deve ser total. Se algum dia deixarmos de acreditar no nosso valor e deixarmos de fazer jus à frase proferida pelo Visconde de Alvalade, estão aí estaremos perto do abismo, algo que nunca acontecerá. Eu acredito a todos os níveis e se assim não fosse não teria participado activamente neste sucesso financeiro que foi a última subscrição de obrigações do Sporting, com mais procura do que oferta!

3- É favorável à construção do novo pavilhão desportivo e à cobertura do fosso do Estádio?

Sim, sou favorável à construção do novo pavilhão. O Sporting é um exemplo nacional de eclectismo, esse é um factor distintivo e o ADN do nosso Sporting. Não somos um clube apenas de futebol, facto pelo qual devemos dar condições condignas a todas as nossas modalidades para, em cada uma delas, sermos tão grandes como os maiores da Europa. Só desta forma conseguiremos continuar a ser o Clube português com mais títulos e o segundo da Europa. Mas em relação a este assunto estou plenamente confiante que será adoptada a melhor solução a nível financeiro e infra estrutural para o Clube. Aliás, saliento a mestria do trabalho que está a ser executado pelo Mário Patrício. No que concerne à cobertura do fosso, creio que é um assunto urgente, não só para melhorar a segurança dos adeptos do Sporting, mas também porque considero que nos dias de hoje os fossos não fazem qualquer sentido.

4- Qual a sua opinião sobre um possível investimento de capital estrangeiro na SAD?

Acredito que o futuro dos clubes portugueses passa por investimento de capital estrangeiro. Culturalmente somos um povo avesso ao risco e às mudanças mais ou menos profundas. No entanto, creio que caminhamos para aí, tal como acontece em Inglaterra, não sendo esta alteração na gestão financeira dos clubes sinónimo de perda de identidade. Se fizermos um paralelismo com o mundo empresarial, ninguém deseja tanto o sucesso financeiro das empresas como os seus investidores. Estando no futebol o sucesso financeiro intimamente ligado com o sucesso desportivo, tenho para mim que o investidor, mais ou menos apaixonado pelo clube, deseja resultados desportivos positivos, pois só assim recuperará o seu investimento financeiro.

5- O que pensa do trabalho desenvolvido pela actual Direção?

Devemos todos estar extremamente satisfeitos pelo trabalho desenvolvido pela actual Direcção do Sporting. Recuperamos a credibilidade dos mercados, o respeito dos adversários e a confiança dos sócios e adeptos. Esta Direcção fez investimentos muito bons a nível desportivo, nomeadamente nos excelentes reforços que nos fazem acreditar. Não me recordo de um Clube contratar 16 jogadores e ter uma taxa de sucesso de quase 100%. Um trabalho exemplar a este nível. Mas mais importante do que tudo o resto foi recuperar a confiança leonina. Este ano respira-se Sporting em Alvalade. Este ano voltei a arrepiar-me ao entrar no nosso magnífico estádio, repleto de leões e leoas unidos por uma única causa, a sua imensa paixão pelo Sporting. Isto é o Sporting, o mesmo que andou adormecido 4 ou 5 anos. O Sporting está de volta!

6- Quais são, aos seus olhos, as maiores prioridades para o nosso clube em 2012?

Em minha opinião a grande prioridade para 2012, bem como para os próximos anos, é a contínua recuperação da alma e da confiança leonina e para tal precisamos de vitórias, precisamos de títulos. Temos que recuperar o tempo perdido, facto pelo qual é fundamental alimentar as crianças e os jovens sportinguistas de títulos. Desta forma a paixão, o orgulho e a alegria de ser Sporting sai fortalecido e garantimos o futuro do Sporting. E este Sporting tem que, de uma vez por todas, ter uma visão global, apostando na angariação de sócios e adeptos por todo o país. Os Sportinguistas de Lisboa, do Porto ou de Faro são iguais. O Sporting tem que ser de Portugal e para isso é fundamental adoptar uma política eficaz de fortalecimento dos núcleos.

Para conquistar títulos será essencial não deixar sair em 2012 os jogadores base da equipa de futebol, não só para permitir a maximização da sua valorização, mas também para construir uma nova identidade para o Sporting que se possa perpetuar pelos próximos anos.

Saudações Leoninas,
Fernando Machado

Inauguração do ciclo de entrevistas rápidas



Vimos por este meio anunciar a abertura do ciclo de entrevistas rápidas, a várias figuras do Universo Leonino, que pela sua cultura sportinguista, passado como atletas, dirigentes, líderes de claque, percurso sportinguista e visibilidade social, darão a sua opinião sobre o dia-a-dia do nosso clube, assim como a sua visão dos rumos e escolhas que entendem que o Sporting Clube de Portugal deve abraçar no Presente, e em especial no Futuro.
Deseja-se que a periocidade destas entrevistas seja semanal (entre 3ª e 5ª feira), não esquecendo no entanto que a agenda pessoal e profissional dos potenciais entrevistados, pode infelizmente, dificultar tal tarefa, no entanto entendemos que deve ser feito um esforço para que o nosso clube seja debatido, conforme merece, e que a voz dos sportinguistas seja, como esperamos, ouvida.


Saudações leoninas,
Ruben Proença de Amorim

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

A pronúncia do Norte - Rio Ave e FC Porto



Inevitavelmente chegou 2012, e com ele a esperança redobrada numa segunda metade de época, que mais do que estatística, se espera de grandes conquistas para o Sporting Clube de Portugal, jogamos hoje com o Rio Ave e sábado com o FC Porto.
É pois "apadrinhados" pela pronúncia do Norte que entramos desportivamente no Novo Ano, se o jogo com o Rio Ave não decide nada em absoluto, o que iremos disputar no próximo dia 7, contra o FC Porto, é, por todas e mais algumas razões, praticamente decisivo (para nós), no que à luta pela conquista da Liga 2011-2012 diz respeito.
Logo à noite Domingos deve poupar alguns titulares, promovendo uma salutar e prevenida rotatividade do plantel, sendo um jogo importante, como o próprio afirmou, será disputado com o pensamento e baterias viradas para o jogo com os portistas.
O mês de Janeiro anuncia-se como "infernal" para nós, e a primeira semana de 2012 será, a nível do ganho de confiança, fulcral para o que falta disputar no mês que agora se inicia, é que grande parte da época desportiva do Sporting decide-se, não tenhamos dúvidas, nas próximas semanas.
Renato Neto (ex-Cercle Brugge) foi integrado no plantel, após 18 meses de empréstimo ao clube belga, foi ele, e numa lógica de racionalização a nível do investimento, a escolha para reforçar o "debilitado" sector defensivo do meio campo...o senhor que se segue parece ser Xandão (central, ex-São Paulo), que chegará por empréstimo (18 meses) com opção de compra de 2,85 milhões de euros.
Mas as contratações na reabertura do Mercado de transferências não devem ficar por aqui, o Sporting procura um avançado, e Diego Jara, avançado do Patronato, da 2ª divisão argentina, parte à frente numa lista de cinco ou seis alvos referenciados pela SAD, termina contrato em Junho, e nem mesmo o seu valor de Mercado, 300 mil euros, parece ser obstáculo.
É pois com redobrada confiança e expectativa, que entramos na 1ª semana de Janeiro, o sucesso do futebol profissional do nosso clube dependerá muito dos resultados que se verificarem por estes dias, apoiemos pois os nossos jogadores, é que uma enorme onda verde e branca, será, não tenho dúvidas, um aditivo extra para os desafios que se avizinham.


Saudações leoninas,
Ruben Proença de Amorim

domingo, 1 de janeiro de 2012

Godinho Lopes - Entrevista a O JOGO (completa)



Qual é o retrato financeiro do Sporting?
O resultado da auditoria demonstrou o que conhecíamos em Março. A situação do Sporting é caótica, todos os dias são um drama pela falta de tesouraria. Vinha para um desafio complicado, mas sabia que era importante a credibilidade e a capacidade de gerir. Com um bocado de sobranceria, entendo que tenho essas duas qualidades. Isso faz com que tenha de arranjar dinheiro no dia-a-dia e pensar no futuro, para pagar de forma responsável a dívida.
Pode precisar o valor do passivo?
São os mesmos que falávamos. O valor de hoje são 276 milhões de euros.
O investimento no futebol ligeiramente superior ao previsto teve peso?
Não. Encontrámos parceiros que permitiram fazer o investimento previsto. Mas herdámos um clube com tesouraria negativa, com custos superiores às receitas, resultados operacionais negativos, e para inverter esta situação havia duas formas de fazer: ou desinvestíamos, definhando o clube com menores prestações no futebol, menos receitas e entrávamos num ciclo vicioso; ou decidíamos investir e teoricamente aumentar os custos. Mas estou a tentar em três anos aumentar receitas para pagar esses custos. Dá uma ponte intermédia de resultados negativos, mas garante-me a médio prazo ter um Sporting vivo, senão morreria.
As receitas aquém do esperado reflectem já os efeitos da crise?
O Sporting já sabia que este ano iria fazer 50 ou 53 milhões de euros de vendas, vamos ficar na casa dos 50, mas o objectivo é chegar à casa dos 80 milhões sem venda de jogadores e sem Liga dos Campeões. Para que isso aconteça, tenho de aumentar receitas e não consigo fazê-lo no primeiro ano. Estou a fazer negociações este ano para aumentar na época 2012/13 e, depois, atingir o nível pretendido em 2013/14.
Como planeia engordá-las?
A primeira coisa é tentar que este investimento traga maiores receitas directas, que os próximos anos sejam melhores em termos de venda de Gamebox, camarotes e bilhética. É uma receita única. Queremos melhorar a receita de sponsorização e publicidade. Depois os direitos de televisão que estão contratualizados vão melhorar em 2014. Queremos duplicar o número de sócios e de receitas. Queremos colocar as Academias e alargar a rede. A outra questão são os direitos de imagem.
Está a pensar num "naming" para o Estádio?
Sim, claro.
É para avançar na próxima época?
Não, é coisa que estamos a trabalhar. É uma preocupação. A Academia do Sporting já teve nome.
Há alguma expectativa do valor a receber pela venda dos direitos de denominação, os tais "naming rights", do Estádio José Alvalade?
A expectativa é global. É uma matéria que tem de ser avaliada em função do mercado e das oportunidades, de investidores que podem querer potenciar a sua marca. Tomando como referência o valor recebido pela Academia [1,2 milhões de euros/época], gostaria de multiplicar por dez [12 milhões de euros/ano].
Ao falar de formação é incontornável recordar a sua figura maior: Cristiano Ronaldo. Espera que volte ao Sporting?
Claro que sim.
Espera ser ainda presidente?
Claro que sim, não estou a pensar em ir-me embora. Vim para ficar. Os jogadores têm de sentir gosto de estar no Sporting, além de terem sido formados no clube. É gratificante. Criar a simbiose e as pessoas sentirem-se em casa é o que pretendemos no futuro: que fiquem mais anos no Sporting.
Caem-lhe bem as intervenções de Eduardo Barroso?
Faz questão de dizer que fala como adepto. É conhecido por isso, não fala como presidente da Mesa da Assembleia Geral do Sporting. Quem responde pelo Sporting sou eu, e ele respeita isso.
Mas ele faz uma crítica à arbitragem...
Não é o presidente da Mesa da Assembleia Geral, é Eduardo Barroso, o adepto. Não está a vincular o Sporting.
Têm uma relação pacífica?
Totalmente. Temos um acordo: o que ele diz não é como presidente da Mesa da Assembleia Geral.
O físico de Godinho Lopes não é o mesmo que O JOGO encontrou na entrevista que o então candidato à presidência concedeu a 2 de Março de 2011. As diferenças são notórias, fruto de correrias e desgaste intenso no exercício de funções, como o próprio confessou. 
Tenho menos cabelo agora e perdi oito quilos, mas como as coisas são feitas com prazer, apesar das dificuldades, não há problema."
Já se percebeu que, ao contrário do sucedido no Verão, não há dinheiro para o Sporting se fortalecer no Inverno...
Carlos Freitas tem sido excelente, porque tem encontrado as soluções adequadas para o que tem sido pedido. Nesta altura do ano foi-lhe dito que não tem dinheiro face à situação do mercado, porque a situação que encontrei é rigorosamente aquela que esperava encontrar. Definimos um valor de investimento que foi ligeiramente ultrapassado, gastámos cerca de 35,5 milhões de euros e tinha falado em 30 milhões de euros. Temos de encontrar dinheiro para o dia-a-dia e salários, daí ter de haver dinheiro para a tesouraria que tem de ser utilizado mediante determinados moldes e não pode ultrapassar o plafond salarial que está previsto. A preocupação principal é a de garantir que os jogadores que estavam lesionados regressem em condições. Tirando Rinaudo, ficaremos com a equipa quase toda para jogar em Janeiro, e esse é o primeiro nível de reforços. O segundo, na medida em que não há dinheiro, é simples: ou entram jogadores por empréstimo, ou que regressam à Academia [caso de Renato Neto].
O treinador fez-lhe pedidos exigentes?
Domingos Paciência conhece as limitações e sabe que a última decisão é minha. Partilho e não há imposições. Todos conhecem os inconvenientes e procura-se resolver as coisas da melhor forma. Posso dizer que, além de Renato Neto, vai aparecer outro jogador [n.d.r. Xandão foi noticiado depois desta entrevista]. Portanto, sempre soubemos quais os lugares, que jogadores pretendíamos. Um já cá está, o outro começa em breve. O terceiro...
Um avançado?
Está a ser analisado e pode vir ou não vir. Vamos ver.
A equipa directiva é para continuar?
Conheci a maior parte das pessoas mês e meio antes das eleições, e o que nos unia era sermos do Sporting. É o mais importante para todos nós, privilegiando a competência. Detesto as vaidades, mas felizmente encontrei pessoas que estão preocupadas com o clube e colocam-no à frente dos seus interesses. Tenho sete elementos em 11 que têm menos de 40 anos e fazem um trabalho espectacular. Na Academia a mesma coisa.
Volta e meia ouve-se que Carlos Barbosa pode sair...
É cíclico. Ou é Carlos Barbosa, ou é Luís Duque, ou é Paulo Pereira Cristóvão... Acham que devem pegar por qualquer coisa. Carlos Barbosa desempenha uma função no clube, e bem. Sabe o que faz. A equipa é uma mais-valia. Estou satisfeito.

Para quando o arranque da construção do pavilhão?
É uma dificuldade adicional no contexto actual. Já não tem a ver com aprovações, mas com o aumento do endividamento do Sporting e a necessidade de criar condições para um pavilhão autopagável. Essa é uma situação que nos preocupa e espero dar brevemente uma resposta a isso.
Para esta investida no mercado foi decisiva a pressão feita por Luís Duque antes da viagem para Roma, ao dizer que o Sporting, "para manter os níveis de competitividade", deveria reforçar-se?
Foi mal interpretado. Quando se faz uma frase completa e se tira parte dela é visto como pressão. Disse: "Se houver condições financeiras." Luís Duque é administrador da SAD do Sporting e não é um funcionário, conhece quais as condições financeiras. Se fosse dito pelo treinador, que não é administrador, poderia ser entendido como tal.
Essa declaração pode ser vista como uma forma de pressionar o presidente Godinho Lopes, mas também um modo de expor o problema…
Sim, é uma forma de expor. Sou presidente da SAD e conheço as dificuldades em torno da equipa, e essas estão relacionadas com as lesões. A equipa foi pensada e tem correspondido, por isso queremos preservá-la. Por outro lado, é preciso ter em conta que nesta altura do ano o Sporting é a única equipa que está nas quatro competições. Houve uma decisão clara de considerar qualquer uma das competições importantes, têm o seu prestígio. São todas importantes, desde a Taça da Liga ao campeonato. O próximo jogo com o Rio Ave é importante e pode garantir uma participação relevante nessa prova.
Olhando para o relvado e o seu estado, não o preocupa? Está mau ou é só aparência?
O que se viu no relvado no jogo contra o Marítimo foi areia. Vamos substituir metade da faixa lateral e vamos trocar a outra. Vamos fazer umas plantações adicionais noutras zonas. Estará em condições para o clássico. Optámos por qualidade. O que se viu não eram peladas, mas sim areia. Queremos manter um relvado natural de qualidade.
Lamenta que Carlos Xistra e José Cardinal não tivessem uma página no Facebook para se penitenciarem pelos erros objectivos de arbitragem cometidos em prejuízo do Sporting?
Cada pessoa, como indivíduo, tem a sua própria consciência e actua da maneira que entende. Uns penitenciam-se na Igreja, outros no Facebook, outros com amigos ou colegas, isso é indiferente.
Aceita a prática seguida por Duarte Gomes?
A única que aceito é que o Sporting não fique sem três pontos. O penálti de Jardel sobre Onyewu, no jogo com o Benfica, ou de Adrien sobre Insúa, com a Académica, são casos objectivos de penálti. Prefiro receber os três pontos de um lado e de outro, do que desculpas depois. Pedidos de desculpas não me satisfazem.
Qual é a relação entre a Direcção e a estrutura do futebol com os fundos de investimento, em particular com o que Jorge Mendes e Peter Kenyon formam [Quality Football Ireland Limited]?
Essa resposta já foi dada. O Sporting está cotado em bolsa na CMVM e comunicou aos seus parceiros de forma clara. Indicámos o valor da contratação, a percentagem dos passes que foi transaccionada e com quem o fizemos. Somos detentores dos direitos desportivos, quem faz essa gestão somos nós, e temos outros parceiros. Esse é o modelo. Criámos o fundo ESAF, estão lá os jogadores, os nomes e as percentagens todas. Mas no Sporting não basta ter parceiros, tem de haver liquidez diária. Podemos ter um parceiro que contrate o melhor jogador do mundo, mas se o salário for superior à média que temos, desarticula o plantel. Depois é preciso ter dinheiro para pagar os salários que os fundos não pagam. De que serve ter enormes fundos e parceiros se isso não influencia o dia-a-dia? É uma falsa promessa falar em fundos, isso não existe. Só ajudam na compra.
Podem ajudar na medida em que a comparticipação alivia o investimento do Sporting. Aquilo que o clube poupa na compra pode direccionar para o dia-a-dia...
Do ponto de vista financeiro sim, mas do ponto de vista económico, ao serem parceiros, querem que seja garantido o capital. Nas amortizações teremos de considerar tudo, pois um dia teremos de devolver o capital. Estaremos a adiar um problema. Temos é, na fase de evolução do clube, um momento em que são necessárias parcerias, e à medida que se vai vendendo jogadores, melhorando as vendas, vai-se libertando um pouco para criar a sua própria autonomia.
Olhando para o futuro, que fatia orçamental irá contemplar para a criação da equipa B? 
A perspectiva é que o crescimento natural dos juniores vá para a equipa B e depois para a equipa principal. Se por um lado é um custo, por outro é uma receita, porque podemos contratar menos jogadores na equipa principal. Já fazemos isso com os juniores. Queremos criar uma sinergia, para que não tenhamos a necessidade de termos tantos jogadores para os mesmos lugares. Deverá custar entre três a quatro milhões de euros. 
Está a pensar em Sá Pinto para treinador? 
[risos] É extremamente importante que as pessoas com aptidão para uma determinada função, onde demonstram excelente capacidade, se afirmem nos lugares. Sá Pinto está a fazer um excelente trabalho e há que ser exigente. Esse bom trabalho dará jogadores à equipa principal. Não estou a dizer que não possa ser promovido. É um trabalho fundamental para a formação. É importante que Sá Pinto esteja naquela função, porque consegue o resultado. Têm lá jogadores, qualidade, têm raça, fibra e gostam do Sporting. Sá Pinto, naquela função, é extremamente importante. Tirar a pessoa desta função e substituí-la por outra é um erro. Está numa função decisiva, é ele que forma os ases de amanhã.

Há jogadores que estão a pouco mais de ano e meio de terminar o contrato com o Sporting. Em que ponto estão os processos de renovação de Rui Patrício e Daniel Carriço? Pode prometer a continuidade deles?
Estão na fase da negociação. Estão a ser objecto de análise. As propostas estão em cima da mesa.
Confirma que há uma grande diferença de verbas entre as partes?
Não é problema. Rui Patrício e Daniel Carriço já mostraram maturidade suficiente na sua relação com o Sporting, e gostam de estar no clube. Os activos têm de ser hoje enquadrados como não estando de passagem. Quem entra para a formação tem de ter como referência a equipa principal e não jogar no Manchester United, Real Madrid ou Barcelona. O Sporting é reconhecido pela sua excelente formação, mas a marca não tem o mesmo valor da formação, e os jogadores têm passado pelo clube e depois valorizam-se noutros lados. O Sporting não ganhou a Liga dos Campeões nem a Liga Europa, não tem um currículo internacional muito forte, e a nossa preocupação é dizer aos jogadores que o destino é a equipa principal. Queremos que tenham o gozo de jogar na equipa principal e não a vontade de sair. Os jogadores que saem da formação, ao saberem que queremos que entrem na equipa principal, já ficam com uma visão de um nível salarial bom, pois também têm direito de o ter, já que contratamos outros jogadores que têm essa perspectiva.
Mas é preciso fazer dinheiro com a venda de activos...
O Sporting sabe que necessita de aumentar as suas receitas, o que é diferente de ter de aumentar as suas receitas com a venda de activos. Para termos uma equipa sustentada e sustentável, temos de a manter o mais estável possível. Não posso garantir que não apareça alguém e bata a cláusula de rescisão, mas em condições normais queremos manter a equipa. É evidente que há valores que os jogadores têm pelos quais podemos dispensá-los. Se o Sporting entender que é um bom negócio, podemos negociar abaixo da cláusula de rescisão, mas o nosso objectivo não é vender. Queremos ganhar sustentabilidade e fazer com que a equipa do Sporting, a sua marca, tenha um valor diferente do que tem. Queremos é aumentar as vendas noutras vertentes para sermos independentes da venda de activos.
E a Anderson Polga, vai renovar-lhe o contrato?
Polga disse que não estava à procura de pré-contratos e que se sentia bem no Sporting. É um verdadeiro capitão e vai ter um tratamento adequado no final da época. Quando o ambiente é bom, tudo melhora um pouco.
Foi só o ambiente que originou a subida de rendimento de Polga e de outros jogadores?
Tudo funcionou. O paradigma de contratação tem mostrado isso. Os jogadores da formação agora reagem de maneira completamente diferente às adversidades. Daniel Carriço, por exemplo, é um verdadeiro leão. Tudo porque o ambiente é diferente, a equipa está mais elevada e ele cresce também com ela. A maneira como lideramos também conta. Três horas antes de os jogos começarem, estou sempre com os jogadores; desloco-me à Academia nos mesmos dias. As pessoas percebem que há uma relação de proximidade com uma hierarquia completamente definida, sem haver choques nessa estrutura. Os salários são pagos a horas, há um conjunto de situações que fazem com que o ambiente seja outro. Se falar hoje com Polga vê um sorriso. Está tranquilo e sabe o que quer. É uma questão transversal a vários jogadores. Agora a equipa junta-se no meio do relvado antes dos jogos e no final vai agradecer aos adeptos. Foi uma decisão deles.

Quando Pinto da Costa dá um espirro os árbitros constipam-se", disse Eduardo Barroso. Assina por baixo?
Ele falou enquanto adepto. A relação que cada clube acha que deve ter com Liga e arbitragem é um problema de cada presidente. Não devo fingir e assobiar para o lado, dizendo que não tenho nada que ver com a FPF e Liga de Clubes. Quis participar e dizer quem é o meu representante. Não quero ser beneficiado e não quero ir para um jogo com cartas marcadas. Tenho de pugnar pela qualidade final do pacote. Entendo que devo trabalhar nas instâncias por dentro para que elas.
Que espera de Vítor Pereira à frente da arbitragem?
Espero que ele não possa, enquanto único responsável, atirar a culpa para A ou B. Espero que haja legislação, observadores, notas e escolhas adequadas, por forma a que o espectáculo seja melhor. Não aponto o dedo a A, B ou C, mas quero ter a certeza de que a minha equipa saiu do jogo e ganhou ou perdeu de forma justa.
Essa perspectiva aplica-se a Fernando Gomes?
Sim, claramente. Já estamos a falar de outra coisa para além da arbitragem. O que quero é equidade. A arbitragem tem de funcionar com profissionalismo e equidade. Não posso ficar com a ideia de que começo o campeonato com menos sete pontos. Isso é que é errado.
Esses sete pontos, somados aos que tem, dariam a liderança ao Sporting...
Sim, mais o caso da Académica. Na Taça, no jogo com o Marítimo, André Martins adianta a bola e é abalroado a seguir dentro da área. Um penálti claríssimo.
Qual foi a melhor contratação que o Sporting fez no Verão?
O grande negócio que fez foi a equipa que tem. Desde a equipa técnica, à estrutura do futebol e Direcção. Tudo o resto aconteceu com segurança, e os jogadores são uma consequência. Não tenho um jogador de que diga que estou arrependido de ter contratado.
Quando olhou para os nomes, qual foi aquele que não esperava contratar? Schaars?
Tenho confiança na equipa que está à procura, pois respondem-me com jogadores que são das selecções dos respectivos países, logo não são uma novidade. O risco é teoricamente menor. Liedson é que foi um caso raro. Para diminuir o grau de incerteza, definimos que os jogadores tinham de fazer parte das suas selecções. Depois há a idade, a mistura das idades. E foi nesta mistura bem feita que o sucesso apareceu. É difícil dizer se algum dos jogadores que pode ter surpreendido resultaria fora deste enquadramento. Já repararam que há dois jogadores de cada nacionalidade no plantel? Dois argentinos, dois holandeses, dois peruanos... É mais fácil a integração. As coisas não são feitas por acaso.
Em que ponto está o processo de fecho do fosso do Estádio José Alvalade?
Estamos a pensar avançar primeiro com os topos e depois com as partes laterais, pois ainda é um custo avultado. Um milhão de euros no total. Uns sítios vão ter publicidade e outros cadeiras. Provavelmente no final desta época estarão construídos os topos.
Há capital angolano no Sporting?
Não. Veja quantas equipas de futebol têm capital angolano. Se olhar para o mercado internacional e vir onde se gosta de futebol, de onde vêm os investimentos... É essa a relação.
O Catar pode representar um mercado a explorar?
Também. Estou a pensar em paragens onde há dinheiro e capacidade de investimento, onde há possibilidades efectivas de, gostando de futebol, poder investir. Se estou à procura de aumentar as vendas quando não há dinheiro, tenho de ir à procura dele.
Mercado asiático?
Por exemplo.
Daí a importância das escolas Academia?
Por exemplo. O que está em causa são os mercados onde há dinheiro, gostam de futebol e há vontade em investir no futebol. São vários factores.
Indicou o nome de Couto dos Santos para a Liga de Clubes. Mas depois...
Disse-me que estava disponível para a Liga e apoiei, mas por razões pessoais decidiu sair. A perspectiva é que fique em outras funções, como presidente da Mesa da Assembleia Geral da Liga. Apoio António Laranjo para a presidência da Liga.
Quantos lugares de época idealiza vender em 2012/13?
Estamos perto das 26 mil vendidas esta temporada, e agora estamos com novas vendas. No primeiro ano em que estive no Sporting, em 2003, fizemos 34 mil. Se pudermos repetir esse número, será excelente.

Depois de tudo o que se passou antes e depois do dérbi, como estão as relações entre Sporting e Benfica?
As relações entre duas instituições como Sporting e Benfica não se questionam. Como se cortam relações entre duas instituições com mais de cem anos que já existiam e vão continuar a existir? Existem pessoas, e a relação é que pode ficar mais ou menos sentida, mais ou menos amachucada. Aquilo que se passou no dérbi fez com que apresentássemos uma exposição à Liga para defender a imagem do clube. Houve uma danificação dessa imagem através do tratamento dado a dois dirigentes.
Será bem recebido na segunda volta?
Sim. Temos uma relação com as organizações de adeptos completamente sistematizada. Temos tudo assinado e entregámos o regulamento e as normas ao ministro da Administração Interna. Quem prevaricar é expulso. Queremos elevar o futebol, colocar o fair play acima de tudo e ganhar dentro das quatro linhas. Quero é ganhar aí. Se o Benfica tivesse vindo jogar em Alvalade para a Taça de Portugal, em vez das cinco pessoas para revistar os adeptos, estariam 50 ou as que fossem necessárias. Queremos trazer as mulheres e as crianças ao futebol. Não queremos pôr gaiolas, mas abrir as portas.
Falou com Luís Filipe Vieira depois do dérbi?
Não. Colocámos o processo na Liga de Clubes, não tenho razões para telefonar. O Benfica é igual ao FC Porto e a qualquer equipa. Por acaso falei com Jorge Nuno Pinto da Costa por causa da questão da Liga de Clubes. Falamos com naturalidade entre presidentes quando é necessário.
Ficou refém das declarações do seu vice-presidente Paulo Pereira Cristóvão na noite do dérbi? Subscreveu-as no dia seguinte...
As coisas têm de ser colocadas no momento e no contexto. Paulo Pereira Cristóvão fez aquelas declarações naquele momento e contexto. Fora daquele momento e contexto teria feito outras declarações. Temos de enquadrar a maneira como foram feitas, o porquê de terem sido feitas e a pressão a que estiveram submetidas. Respondeu, e bem, naquele momento e contexto. Revi-me nas declarações naquelas condições.


Fonte: O Jogo Online