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sexta-feira, 26 de abril de 2013

Despedimentos no Sporting - A verdade dos factos!

Compactuar com omissões, injustiças e imprecisões não pode ser apanágio de pessoas de bem, como tal vejo-me forçado, através deste artigo, a informar os meus consócios e demais sportinguistas de alguns factos, factos esses que têm sido deturpados e omitidos deliberadamente, evitando-se assim que sejam do conhecimento de todo o Universo Sporting e dos verdadeiros donos do clube, os seus associados.

1- O Sporting não tem 400 a 500 funcionários como afirmou a actual Direcção, o número correcto são 230 trabalhadores com contrato de trabalho (com ou sem termo), colectados nas Finanças e na Segurança Social, todos os restantes são trabalhadores independentes, contratados ao serviço, conforme as necessidades pontuais da Instituição, sendo remunerados contra recibo-verde.
2-  É incorrecto que se afirme que existe o objectivo de reduzir os custos com pessoal (não atleta) num valor próximo de um milhão de euros/mês, os custos actuais com esses quadros são neste momento, exactamente, de um milhão de euros/mês, qualquer pessoa, por muitas dificuldades que tenha com números, facilmente percebe que é impossível tirar um milhão a um milhão, porque dá zero, e os vencimentos de 230 funcionários (ou mesmo que fossem metade desse número) não se pagam com zero euros.
3- É no mínimo um acto de má gestão anunciar-se publicamente que existem onze milhões de euros para rescisões e acordos de rescisão amigável, qualquer funcionário, tendo conhecimento desse montante, tentará negociar a sua saída do clube por valores em alta, quem o anunciou prestou um péssimo serviço ao clube e à sua própria gestão, resumidamente e no meu entendimento, auto-armadilhou-se.
4- Não existe qualquer despedimento no Sporting, infelizmente a actual Direcção, numa tentativa de agradar aos seus eleitores e para cumprir com uma promessa eleitoral, que aqui e ali roça a "Intifada" contra uma espécie citada mas desconhecida (lambuças), anuncia que vai demitir pessoas, quando não tem qualquer fundamento legal para o fazer, existe uma Lei Laboral, que confere direitos aos funcionários de qualquer Empresa/Instituição, entre os quais o direito a não ser dispensado antes do seu vínculo laboral expirar, excepto por motivo de justa causa, despedimento colectivo ou mútuo acordo para rescisão amigável.
5- O Dr. Garcia Pereira, reputado advogado de direito laboral, já veio dizer publicamente que não existe motivo para qualquer despedimento com justa causa no Sporting e adiantou mais, que têm sido efectuadas pressões e utilizados certos expedientes de demissão (ou intenção) verbais e escritos que colidem com a Lei do Trabalho.
6- É no mínimo sinónimo de amadorismo que dirigentes do clube liguem para funcionários (que se pretendem manter), e lhes digam "Olá...você ganha X e vai passar a ganhar Y, falamos depois.", desligando o telefone de seguida, não dando sequer hipótese ao visado de reagir, mais uma vez, um claro atentado à lei laboral portuguesa, reduzir vencimentos sem ser através da renegociação mútua e sem tal acordo (caso exista) ser vertido em novo contrato é ilegal.

É pois do meu entendimento que a actual Direcção cometeu vários erros neste processo, entre eles, anunciar despedimentos antes do tempo através da imprensa e sem existir justa causa ou negociação prévia para o efeito, anunciar o montante global para rescisões (um contra-senso) que enfraquece o clube em qualquer negociação, aos quais se juntam vários atropelos, uns por desconhecimento da Lei do Trabalho, outros talvez não, aos direitos laborais dos trabalhadores do Sporting Clube de Portugal.

Saudações leoninas,
Ruben Proença de Amorim



1 comentário:

  1. Ruben,
    Ao que sei o processo ainda está numa fase inicial e tudo o que possa ser dito agora é pura especulação. O Sporting, se quiser, tem todos os fundamentos para proceder a um despedimento colectivo, por motivos económicos e estruturais, sem qualquer hipótese de impugnação que não a formal (se não forem seguidos todos os trâmites que a lei laboral impõe), pagando um salário por cada ano de antiguidade de cada trabalhador. Enquanto não vir um comunicado oficial do Sporting sobre esta situação, não me pronunciarei, uma vez que os jornais não são confiáveis. Também tenho as minhas fontes e muitas das coisas que têm sido faladas são falsas. Recuso-me a fazer parte daqueles que nesta fase tão difícil do Sporting e da época acabam por desestabilizar o Clube. Depois desse comunicado tirarei as minhas conclusões.

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