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sexta-feira, 12 de abril de 2013

Jogos (quase) perigosos!

A sensação que tenho e que tenho partilhado com vários sportinguistas, é a de que Bruno de Carvalho e Banca andam a brincar com o fogo, num jogo (quase) perigoso que pode arruinar definitivamente os interesses e objectivos de Sporting, BES e BCP, especialmente os do Sporting, que hoje (por estes dias) depende mais da ajuda dos Bancos do que alguma outra vez dependeu, haja bom senso de parte a parte, o abismo está a uns poucos centímetros, cair por ele abaixo já não é somente um receio, mas antes uma forte possibilidade.
Bruno de Carvalho está em "erupção vulcânica", entre aquilo que prometeu aos sócios e aquilo que se calhar lhes pode na realidade oferecer, entre uma coisa e outra nasce a cada dia uma maior certeza, existe uma fenda de distância bastante significativa, a sua luta, acredito que em parte na genuína defesa dos interesses do Sporting, é também para não se tornar uma figura secundária na gestão de clube e SAD, ou para evitar um Mandato precoce e fugaz.
A Banca tem muito interesse no processo, pois tem 235 milhões de euros "empatados", mas até a Banca (gerida por homens ávidos de eficiência e lucro) terá os seus limites, tal limite poderá ser a decisão de considerar o Sporting irrecuperável, decidir reduzir perdas, avançar para um processo de insolvência (Estádio e Academia valerão pelo menos 100 milhões de euros em volumetria imobiliária), o resto do prejuízo seria absorvido em dois/três anos de exercícios de BES e BCP, a Banca tem a perder com o fim do Sporting? Tem! Mas terá assim tanto a perder?!...
Assistimos a uma negociação que mais parece um jogo de Poker, cheio de bluff's, ora silenciosos ora agressivos, mais grave, o objecto de aposta é o Sporting Clube de Portugal e a sua SAD, penso que os sportinguistas ainda não se aperceberam da gigantesca gravidade desta situação, os riscos que ela acarreta e que no limite o nosso clube pode desaparecer, ou pelo menos tornar-se uma pálida imagem daquilo que conhecemos.
Bruno de Carvalho estica a corda, deve-o fazer e até tem alguma legitimidade para isso, mas não a pode esticar demais, porque arrisca-se a parti-la, o que acontecendo, acontecerá pelo lado do mais fraco, o Sporting, espero que os sportinguistas tenham a consciência que sem o plano de reestruturação este Presidente não terá condições para continuar à frente do clube e o Sporting talvez deixe de ter condições de sobrevivência.

Nota 1: Bruno de Carvalho deve dizer o que pensa acerca da possibilidade de Refundação do clube, se no limite é contra ou a favor da ideia de umas centenas de cavalgaduras (sim, não têm outro nome os aficionados do facilitismo, do desvirtuar dos ideais, pergaminhos e valores que levaram a fundação do Sporting de José de Alvalade, do respeito exigido por uma Instituição liderada ao longo de quase 107 anos por grandes homens e mulheres, cheia de história e exemplos de superação)...o actual Presidente deve esclarecer o que pensa sobre o assunto, até para percebermos se essa não será uma das suas ferramentas de "bluff" nas negociações com os nossos parceiros bancários, com a qual discordarei, se isso vier a confirmar-se.

Nota 2: Ricardo Salgado interveio no processo negocial com este em andamento, é um grande sportinguista e um homem de uma correcção notável, será ele por estes dias o grande responsável pelo evitar de uma ruptura total entre credores bancários e Sporting.
O encerramento de algumas dezenas de contas bancárias por parte de alguns sportinguistas é isso mesmo, um gesto, simbólico, reaccionário, que não terá qualquer impacto no BES ou no BCP e desiludam-se aqueles que assim o pensaram, não terá qualquer peso nas negociações que ainda decorrem.

Saudações leoninas,
Ruben Proença de Amorim



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