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quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Os verdadeiros...e os ocasionais e falsos

Vão mal as coisas no Reino do Leão, inclino-me a ter que concordar com aqueles sportinguistas que dizem, sem pejo ou hesitação, que existe uma "benfiquização" de alguns sectores do Sporting e do sportinguismo, com 34 anos de vida e de sportinguismo, 22 de associado e de um passado na luta desportiva do clube, nunca pensei poder assistir a tal coisa, e perante isto, sinceramente, vejo com enorme preocupação o futuro do sportinguismo como sempre o conhecemos.
Creiam leões e leoas, o Sporting está fragmentado, partido e em pé de guerra, mais ou menos intensa conforme o quotidiano da Instituição, e os resultados mais ou menos positivos ou negativos, na vertente institucional, financeira ou desportiva...não existe união, real, aglutinadora e verdadeira, estamos partidos em cacos, e a pergunta que me ocorre fazer é, será que nos tempos mais próximos nos será possível juntar e colar todos esses cacos?
Nos últimos dias foi difundida uma informação, através das Redes Sociais, que dizia que os ex-jogadores e actuais funcionários do clube, Beto, Manuel Fernandes e Vidigal custavam, em vencimentos, cerca de 50 mil euros mensais ao clube, não quero acreditar que sportinguistas, os verdadeiros, inteligentes e íntegros tenham sequer concebido que tal mentira tivesse algum fundo de verdade, os vencimentos de tal trio são baixos, e na maioria das vezes, por opção dos próprios, não recebem a remuneração que acordaram previamente, tudo para ajudarem o clube que amam.
Vivemos nisto, na mentira, na difamação, no atrito e nas lutas internas, somos vítimas de pessoas que só se dedicam ao Sporting quando há maus resultados, eleições e Assembleias Gerais, mas que desaparecem imediatamente de "circulação" depois dessas ocasiões, e mais, uma grande percentagem deles nem associados do Sporting são, e muitos têm meses ou anos de quotizações em atraso...no domingo alguns deles vão manifestar-se em frente ao Multidesportivo, cá estaremos para ver qual a percentagem deles a entrar pelas portas, com quotas em dia.
Não suporto canalhices, pulhices e faltas de carácter, não por mim, porque já andei em muitas guerras e lutas, cá dentro e lá fora, estou imunizado, e ainda cá estou inteiro, sei bem como lidar com ataques pessoais, até porque como diz uma frase popular "Só se fala de quem se destaca", mas recuso-me a assistir à crucificação pública de outros, grandes sportinguistas, que sempre deram tudo ao serviço da Instituição, e a quem os sportinguistas verdadeiros tanto devem.
Se o Sporting podia estar melhor desportivamente e financeiramente, e mais unido? Podia e devia, mas esta situação vive-se há já muitos anos em Alvalade, com resultados piores que os actuais, onde estavam esses pseudo-sportinguistas nessas ocasiões? O que fizeram? O que disseram? Não consigo juntar-me àqueles que querem fazer desta Direcção o "réu" de tantas coisas idas, sobre as quais não tem quaisquer responsabilidades, ou se tem, com um carácter meramente residual, comparando com todos os nossos erros cometidos no passado.
Temos um ex-candidato que apoia os jogadores e treinadores do clube (o que até respeito), mas que não esconde detestar quem serve actualmente o Sporting, e que quer ser "poder", alternativa...está no seu direito, o Sporting é um clube plural, democrático e com Estatutos, ele lá decidirá se a sua postura e filosofia é justa ou injusta, correcta ou errada, é uma questão de consciência, mas não nos esqueçamos que muitos dos que se assumem como seus apoiantes são hoje dos maiores responsáveis pelo clima de "cortar à faca" em que vivemos.
Mas não só desse lado há fracturas visíveis e dolorosas, existem mais facções, feudos e grupos que criam, intencionalmente, instabilidade e confusão, muitas vezes sendo como moedas com duas faces, apoiando primeiramente quem chega ao clube, para logo a seguir, e passado pouco tempo, atacarem quem apoiaram, isso é de conhecimento comum entre a maioria dos sportinguistas, e mais que cíclico, é um problema endémico, sistémico e crónico que corrói o Sporting como se fosse veneno, e para isso terá que haver cura definitiva. 
Não quero que este seja o Sporting e o sportinguismo da minha filha e dos meus sobrinhos, que pela tenra idade nada sabem ainda destas "lutas" da vida, não foi este o Sporting que "recebi" do meu pai e do meu avô, não é este que quero "deixar" às gerações seguintes quando partir deste Mundo, e de certeza que este não é o sportinguismo que José de Alvalade desejou e preconizou em 1906 e nos anos que se lhe seguiram, algures no nosso trajecto fomos desviados ou desvia-mo-nos da nossa essência e cultura clubista.
Neste momento decisivo e preocupante da nossa história, só temos dois caminhos, deixar tudo como está a nível do sportinguismo, sabendo que assim o fim do clube é uma probabilidade maior, ou decidimos, de uma vez por todas que este não pode ser o caminho (e não é), penso também que deve ser terminada a mesclagem forçada, que muitos tentam fazer entre sócios e simpatizantes (que não é a mesma coisa), e mais que isso, é altura dos verdadeiros dizerem aos ocasionais e falsos que...BASTA! 

Saudações leoninas,
Ruben Proença de Amorim






1 comentário:

  1. 100% de acordo. O Sporting do meu pai e avô não era este. Pode contar comigo

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