Sporting - Investidores e estratégia futura

Já estamos no mês de Setembro, em breve e com carácter oficial o Sporting, pela voz do seu Presidente, anunciará quem são os investidores que trarão 70 milhões de euros para Alvalade, e explicará detalhadamente o modelo de investimento, a sua duração, e as contrapartidas que tais parceiros receberão por injectarem 7 milhões de euros em Alvalade, anualmente, durante os 10 anos seguintes a tal anúncio.
Conheço o esboço de tal parceria, mas não posso entrar em grandes detalhes, por dois motivos, porque não possuo todos os dados, e porque deve ser o Sporting a explicar aos sportinguistas, em especial aos seus associados, os moldes em que tal medida assentará...o que sei é que tais investidores serão nossos parceiros na Academia de Alcochete, e terão direito a determinadas percentagens dos passes, após venda, de activos vindos da Formação.
A essa verba anual, devemos tentar acrescentar uma participação assídua na Liga dos Campeões, o que fará com que entrem em Alvalade cerca de 20 milhões de euros, todos os anos, garantindo desde logo, e somente por duas vias, metade da orçamentação para a equipa profissional de futebol, juntando tal cenário à parceria com vários Fundos de jogadores, penso que temos assegurado um modelo sustentado para o futebol profissional do clube.
Esse objectivo, sendo consumado, permitirá um maior alívio às nossas finanças, e permitirá que se honrem os compromissos e pagamentos de forma mais sólida e progressiva, aliviando até a Tesouraria do clube e da SAD, a um ponto que permita maior investimento noutras áreas do clube, nas Modalidades e também a nível da expansão e da internacionalização da marca Sporting.
Mas nem só de investimentos e investidores pode viver o nosso clube, o futuro canal de televisão do Sporting é também uma ferramenta importante a nível da divulgação do quotidiano da Instituição e da sua história, das suas equipas desportivas, de uma estratégia de Comunicação mais sólida, e de possíveis ganhos a nível publicitário/institucional...é um passo que temos que dar a curto/médio prazo, e arrancará já em 2013.
Todos sabemos que, fosse qual fosse o candidato que tivesse saído vencedor no dia 26 de Março de 2011, as dificuldades de gestão e liderança do clube estariam sempre presentes, e com elas se teria de lidar numa base diária, rigorosa e muitas vezes imaginativa, um clube com um passivo de 300 milhões, com Tesouraria zero, exige muito de quem o lidera e gere, e é nesses pressupostos que teremos de assentar um modelo económico e desportivo sólido, viável...que permita a sustentabilidade do clube para os próximos anos.

Saudações leoninas,
Ruben Proença de Amorim