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sábado, 11 de agosto de 2012

Ora vamos lá falar de Fundos de jogadores...

Deparo-me muitas vezes com algumas questões de sócios e simpatizantes sportinguistas, tais como "Para quê vendermos o van Wolfswinkwel por 20 milhões, se só temos direito a metade?" ou "Porque é que alienamos uma percentagem dos passes depois dos jogadores serem contratados?", tentarei, sendo o mais sucinto possível, dar a minha visão sobre o assunto, e faço-o exclusivamente no que à minha experiência com Scouting e Fundos diz respeito.
Ricky van Wolfswinkel custou 5,4 milhões ao Sporting, uns meses mais tarde metade do passe foi alienado a um Fundo por 2,7 milhões, o que pode parecer mau negócio, mas não é, e passo a explicar...teria o Sporting 5,4 milhões para suportar sozinho a aquisição do internacional holandês? A resposta mais certa é não, como tal o avançado só chegou ao Sporting por existir um parceiro disposto a comparticipar o custo e o risco de investimento.
"Mas se pagamos 5, porque é que vamos vender metade por 2,5 depois do jogador se ter valorizado?", ora bem, nos dias de hoje 90% das transferências de jogadores com compra do passe são pagas por tranches diluídas em lapsos temporais, previamente acordadas entre as partes, quando um clube avança para uma aquisição, já foi definido com o seu parceiro (Fundo) o custo total da operação, e qual a percentagem que ambos deterão.
E os Fundos avançarem com dinheiro por uma percentagem, três, quatro, cinco e seis meses depois da contratação ocorrer, também tem justificação, tal foi previamente acordado entre as partes, e normalmente acontece quando se aproxima o pagamento de uma 2ª tranche...resumindo, as Direcções dos clubes e os Fundos não devem ser diabolizados, ambos investem X, acreditando que vão ganhar Y, dividem o risco (em partes iguais ou não), os jogadores valorizam e ambos ganham, se não se valorizarem...todos perdem.

Saudações leoninas,
Ruben Proença de Amorim




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