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sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Sá Pinto e as fragilidades

Sinto-me insuspeito, sempre o disse publicamente, o Sporting podia ter (e deveria ter) um outro treinador, de preferência estrangeiro, com a experiência e sapiência necessária para liderar um plantel de milhões, uma equipa de futebol de um clube grande, cheio de história e momentos de grandes conquistas (que procura reencontrar-se)...disse-o na altura, Sá Pinto não me pareceu ser esse homem, e hoje, passados todos estes meses, continua a não me parecer.
Ao contrário de muitos outros, não baseio as minhas opiniões na mera crítica indiscriminada, no ganho político ou em posicionamentos em Alvalade (ou alianças vãs e de ocasião), formulo e partilho o que penso fruto exclusivamente daquilo em que acredito, daquilo que vejo, e daquilo que entendo que deve ser o funcionamento do Mundo de futebol e de um clube da dimensão do Sporting Clube de Portugal.
Não serei mais um a querer atirar Sá Pinto para baixo, tenho respeito pelo seu passado no clube, como jogador e treinador, como meu consócio, serei solidário com ele até que tal me seja humanamente possível, mas isso não invalida que deseje um caminho diferente para o futebol do Sporting, com outro tipo de timoneiro...estrangeiro, contando com a colaboração de Materazzi, dos 18 campeonatos conquistados pelo nosso clube...13 têm dedo estrangeiro, dá que pensar, ou até mais que isso.
Paulo Bento foi um fenómeno que ganhou balanço com uma época quase "perfeita" de José Peseiro, e de anteriores laivos de futebol de qualidade de Fernando Santos, e penso que aí as cúpulas sucessivas do nosso clube erraram, "escravizaram-se" à ideia de que os plantéis do Sporting devem ser liderados por portugueses, low cost, que não brilhem ao mesmo nível dos jogadores, e desse erro se alimentam ano após ano, e nele se tendem a afogar, sucessivamente.
O sucesso do futebol do nosso clube tem essencialmente o cunho estrangeiro, de treinadores com 10 ou 15 anos de profissão e respectiva experiência, que sempre trouxeram novas posturas e mentalidades a Alvalade, penso que inevitavelmente esse será o nosso caminho a médio prazo, é que Paulo Sérgio não deixou saudades, e tinha um plantel inferior ao actual, muito inferior, e o Sporting, no ponto em que se encontra, não pode teimar nessa "Via Sacra", é que a teimosa e outros "Paulo Sérgio" serão receita garantida...para a desgraça.

Saudações leoninas,
Ruben Proença de Amorim 

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