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terça-feira, 15 de maio de 2012

Estupidez colossal, egos e Eleições antecipadas



"A estupidez não tem limites", que me desculpem os puritanos, alinhados e fãs incondicionais do politicamente correcto, mas começo assim este artigo, metendo o dedo na ferida, não para "destruir", "magoar" ou "piorar patologias internas", mas para ver se certas pessoas, do alto do seu inefável ego, despertam para a realidade e arrepiam caminho, ou então...porta da saída.
O desempenho da equipa de futebol na Liga não foi famoso, podemos queixar-nos de nós próprios, mas também das arbitragens, sem os erros dos homens do apito o Sporting tinha chegado à Champions, resta saber se em 3º ou até mesmo em 2º lugar, mas de resto, estamos na final da Taça de Portugal, chegamos às meias finais da Liga Europa, para mim o balanço, numa época "zero" e de construção de um plantel, é positivo.
Como primeira época completa desta Direcção, assumi, a título meramente pessoal, que seria o começo de um projecto de mais dois anos, em que desportivamente íamos crescer, e ganhar, mas sofremos de um mal, qual sina, estamos condenados a dar tiros nos próprios pés, o caso Paulo Pereira Cristóvão criou clivagens, inimizades, ameaças de ruptura e abandono daqueles que pensam primeiro em si e só depois no Sporting.
Primeiro não entendo algo que me parece ser de senso comum e raciocínio lógico, se a suspensão do Mandato do Vice-Presidente (figura não prevista nos Estatutos), foi decidida pelo próprio e pelo Presidente Godinho Lopes, não compreendo o motivo para que outros membros dos Órgãos Sociais tenham sequer sido chamados a pronunciar-se sobre uma possível marca-atrás em tal decisão, quem não esteve na 1ª parte do acto, não podia ser parte decisória na 2ª, parece-me óbvio.
Infelizmente assistiu-se a uma "dança das cadeiras", um vazio de três dias deu ânimo a egos e objectivos pessoais, manobras ao melhor estilo dos bastidores de partidarismos políticos, "dividir para reinar" foram objectivos e palavras de ordem ditas em off mas à boca cheia, o apoio do Presidente ao retorno de Paulo Pereira Cristóvão criou divisões, irremediáveis ou não...o tempo dirá!
O que me parece ser grave é que pessoas, eleitas pelos associados do Sporting, e que estão por essa via obrigadas a cumprir os Estatutos do clube, ponham o "eu" à frente do "nós", queiram fazer da viabilidade de um elenco, de um projecto, terreiro para a sua ambição e posição pessoal, quem o faz não serve ao Sporting, deve portanto entrar no gabinete do Presidente e pedir imediatamente demissão, é esse o único caminho possível, havendo ainda alguma honra e decência, claro está.
Pessoas adultas, racionais e inteligentes resolvem as suas divergências, sentam-se à mesa, esclarecem o que houver para esclarecer, acertam agulhas, posturas e estratégias, e recomeçam o trabalho conjunto para o qual foram eleitas...se há outro caminho? Há! Mais do que aquele que nos leve a novas Eleições, haverá o que nos leva directamente à estupidez...colossal!
Sou contra o cenário de Eleições antecipadas, por motivos desportivos, financeiros e estratégicos, entendo que tal cenário seria profundamente negativo para o futuro do clube a curto/médio prazo, "purgas", "desinfecções" e "extirpações" são termos adequados aos hospitais, o Sporting e a sua história não se coadunam com tácticas de lixívia e pseudo funcionários de limpeza, que isso fique claro.


Nota: Há algo que me faz confusão (e muita), e não aceito aquilo que me desconcerta, a possibilidade de um Vogal "exigir" aos seus pares que um Vice-Presidente seja demitido, isso seria o mesmo que um Secretário de Estado entrar pelo Gabinete do Primeiro Ministro e disparar "Se o Ministro ficar, demito-me", é hilariante no mínimo, e apetecia-me dizer mais.
Quem faz da saída ou permanência de alguém num elenco, situação obrigatória para permanecer num projecto, só tem uma alternativa, seguir o ditado "quem está mal muda-se" e fazer-se ao caminho, pela porta dos fundos, quanto mais cedo o fizer, melhor.


Saudações leoninas,
Ruben Proença de Amorim







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