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sexta-feira, 25 de maio de 2012

A minha filosofia para o Sporting (a austeridade)


Nota prévia: É esta a minha solução para o Sporting, e ao contrário de muitos candidatos de ocasião e apoiantes de ocasião, são ideias próprias, escritas pelo meu punho, sem consultas prévias a X ou a Y, sem usar ideias de outros ou pedir autorização para as divulgar, é o que penso, pela minha cabeça, fruto da minha experiência na área do futebol, e do conhecimento profundo que tenho do Sporting Clube de Portugal, ao que se alia o amor imenso que por ele sinto.

Começo já por dar um choque forte mas necessário aos sportinguistas, esqueçam fundos russos para compra de jogadores, investidores minoritários vindos de Angola, China ou Alenquer, nenhum magnata, empresário ou multinacional vai investir dezenas ou até mesmo centenas de milhões de euros no nosso clube, na condição de meros parceiros ou accionistas minoritários, sem peso, nem poder para tomar decisões, o resto são promessas tolas, quimeras e utopias.
Não há um único caso, no futebol europeu, de quem o tenha feito, sendo após tal investimento mera figura decorativa ou secundária no seio de algum clube, bem sei que o nosso Sporting é pioneiro em muitas coisas, mas nesta ocasião não acredito em tal cenário, o Mercado e as regras do mundo financeiro são claras, e a filosofia é simples "Quem salva, manda!", esta é a verdade, o resto são peanuts, se fosse fácil encontrar investidores minoritários, com tantas ligações à Banca e ao Mercado, tal já tinha acontecido.
Posto isto, ao Sporting só sobram duas opções, vender o maioria do capital da SAD a um investidor/grupo de investidores, a exemplo do que aconteceu com Chelsea, City, Málaga ou Paris SG, ou tem de viver com aquilo que tem, e aquilo que tem, excluindo a venda ocasional de activos (jogadores) e hipotéticas participações na Liga dos Campeões, são 50 milhões de euros por ano, mais coisa, menos coisa.
Pondo a venda da maioria do capital da SAD como último cenário para dar solvência e futuro ao clube, temos de descer um patamar, a nível do investimento no futebol, e não vamos poder prometer, durante 7 ou 8 anos, quaisquer títulos ou conquistas a nível de taças, tudo o que for ganho nesse período será bónus, para simplesmente desfrutar e não para criar ilusões ou inventar focos a nível da exigência económico-desportiva, há que descer à realidade.
Se facturamos 50 milhões, só vamos poder gastar 35, parece fácil de fazer, mas não é, não que não seja possível de aplicar, porque o é, mas porque tal ocorrendo, mexerá com muitos interesses e funcionarismos instalados no clube, mas o Sporting está e tem de estar acima e à parte disso, o Estado também raciona e despede ao sabor das suas necessidades, e é uma entidade meramente patronal, sem paixão, sócios ou adeptos.
Ao baixar-se o investimento no futebol, baixa o nível de exigência e dissolvem-se as promessas, em contraponto exige-se mais competência, nas escolhas de treinadores e jogadores, a margem de erro estreita-se, tudo tem de ser feito a preços inferiores mas com a mesma qualidade ou até maior, ou seja a dificuldade aumenta, e para cumprir com tais dificuldades será necessária muita competência e desinteresse nos ganhos pessoais.
Mas não só no futebol se terá de mexer, na SAD, no clube, na vertente orgânica, na parte dos fornecimentos de bens e serviços, tudo tem de ser revisto, reorganizado e reestruturado em baixa, quem ganha 5 mil tem de sair para que alguém vá fazer o seu trabalho por metade, se há um fornecedor que nos faz 30% a menos a nível do Economato, tem de ser esse o nosso fornecedor, amiguismos, sportinguismos e relações de antiguidade não poderão ter mais lugar a nível financeiro e nos gastos da Instituição.
Mais, não é aceitável que tenhamos pessoas competentes, que trabalham de sol a sol para o Sporting, a auferirem vencimentos de 700, 800 e 900 euros mensais, e depois existam pessoas a receber 4, 5  e 6 mil, fruto de relações institucionais, de amizade ou até mesmo familiares, e de estatutos que não têm, tais situações não podem ter lugar num clube que necessita reestruturar-se e racionalizar-se desde a "ponta dos cabelos até às unhas dos pés", há que dispensar quadros "milionários", contratar gente com mais competência, por menor custo, e até promover internamente.
Ao fim de 7 ou 8 anos, numa lógica de ganhar 50...gastar 35, e com mais algumas receitas extraordinárias e variáveis, é possível ao Sporting conseguir reduzir o seu passivo em 130-140 milhões, os mesmos milhões que muitos dizem serem necessários para equilibrar o clube
e a sua SAD, este é o caminho do médio-longo prazo, mas é o único seguro e que pode, com pessoas competentes na sua execução, dar garantias de sucesso.
O Scouting e a actuação no Mercado de jogadores também têm de mudar, se o Sporting quiser comprar jogadores no valor de 10 milhões de euros, vai ter de o fazer via receitas extraordinárias, não podendo assumir mais encargos bancários ou criando mais passivo para o efeito, para isso será necessário reestruturar a Direcção desportiva da SAD e o Gabinete de propecção, fazer mais com menos, com gente mais jovem, e muito importante...comissões zero, só assim os interesses do clube estão a salvo de oportunismos e tentações, e o tecto salarial do plantel também terá de baixar, dos actuais 100 mil euros mensais para 75.
Ao Sporting só resta este caminho, ou o caminho da venda da maioria do capital da SAD, não vale a pena sequer contemplarem-se medidas populistas e meras promessas eleitoralistas, o Sporting é um clube com história, ética e verdade, por isso o melhor é todos assumirmos que o mais provável é termos de dar um passo atrás, para mais adiante podermos dar dois à frente...perante os últimos 16 anos e meio do Sporting, é este o meu caminho, e que fique claro porque o é...pelo simples facto de que já não acredito noutro.

Saudações leoninas,
Ruben Proença de Amorim






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