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sábado, 29 de outubro de 2011

Grandes Treinadores: László Bölöni



Nasceu em Târgu Mureş (Roménia), a 11 de Março de 1953, no seio duma família romena de origem húngara, cedo o jovem László mostrou dotes de potencial futebolista, fazendo a sua formação jovem no modesto Chimica Târnăveni.  
Corria o ano de 1970, e Bölöni chegava ao futebol profissional, assinando pelo ASA Târgu Mureş, o maior clube da sua terra natal (que baptizou o estádio com o seu nome, anos mais tarde), tinha 17 anos, e muita expectativa numa carreira de sucesso, mas os anos foram passando e o jovem tornou-se homem, só abandonando o ASA aos 31 anos, ao fim de 14 épocas, onde teve um registo impressionante, 406 jogos - 64 golos.
1984 chegou e o Steaua avançou para a contratação do médio, jogador de futebol fino, que marcava golos e que já era titular da Seleção desde 1975, no Steaua tornou-se o "patrão" do meio campo daquela que é considerada por unanimidade a melhor equipa de sempre do futebol romeno, entre 1984 e 1986 o clube foi tri-campeão do seu país, ganhou duas Taças romenas, 1 Taça dos Campeões e 1 Supertaça Europeia, num registo a roçar a perfeição.
Bölöni teve também alguns momentos de glória na Seleção (chegou às 108 internacionalizações), foi ele o autor do golo solitário contra a Itália, na última jornada da qualificação para o Euro 1984, que apurou a Roménia e deixou a poderosa Squadra Azzurra fora da competição, abandonou o Steaua em 1987, com 34 anos, jogando ainda no Racing Jet Wavre (Bélgica), Créteil e Orléans (França), encerrando a carreira aos 39 anos.
Durante dois anos László (ou Ladislau, em romeno) gozou os prazeres da "reforma", depois de decidir continuar a viver em França, surgiu o convite para treinar o Nancy, clube com alguma história naquele país, mas caído na 2ª divisão francesa, Bölöni reformolou o clube por completo, ressuscitando uma das maiores escolas de formação do futebol gaulês, sem surpresas o Nancy foi campeão da Ligue 2 em 1997-1998, ascendendo à elite do futebol francês, onde ainda hoje permanece.
A Seleção romena chamou por ele em 2000, prespectivando que o agora treinador conseguisse reorganizar a equipa nacional, mas alguns maus resultados, e os caprichos de alguns dos jogadores romenos, criadores de mau ambiente no balneário, levaram Bölöni a dizer basta e a bater com a porta um ano depois, não haveria de ficar muito tempo sem trabalhar.
Lisboa e o Sporting eram os próximos destinos, László chegava com fama de homem da formação, disciplinador e amante do futebol de ataque, cedo se percebeu que o Sporting 2001-2002 estava condenado ao sucesso, o plantel, constituido por muitos internacionais como Babb, Rui Jorge, Beto, André Cruz, Dimas, César Prates, Quiroga, Rui Bento, Vidigal, Paulo Bento, Tello, Horvath, Pedro Barbosa, João Pinto, Mpenza, Sá Pinto, Niculae e Jardel assim o adivinhava.
Mas Bölöni era um apaixonado pela formação, foi ele que introduziu Ricardo Quaresma e Hugo Viana nessa equipa, jogadores que seriam importantes, quiçá fundamentais para a conquista desse campeonato, na época seguinte seria também ele a lançar aquele que viria ser eleito o melhor jogador do Mundo, de seu nome Cristiano Ronaldo.
Na época de 2002-2003, pese embora o bom futebol praticado, o Sporting não revalidou o título, "forçando" a saída do romeno em Junho de 2003, saía de Alvalade, mas louvado, tinha sido um dos poucos treinadores campeões pelo clube nos 30 anos anteriores, hoje com 58 anos, continua a treinar, tendo tido passagens por Rennes, Monaco, Al-Jazeera, Standard, Al-Wahda e Lens depois de sair de Alvalade, é agora treinador do PAOK (Grécia), onde chegou no verão passado.
Em 2005, numa entrevista a um jornal romeno, reafirmava a sua "paixão" pelo Sporting, dizendo "foram 2 anos muito bons, como treinador e acima de tudo como homem, é juntamente com Steaua e Nancy, o clube do meu coração", aliás Bölöni nunca escondeu a sua paixão pelo clube de Alvalade, indo para os treinos com um pequeno galhardete do clube pendurado no retrovisor, continuando a comentar e a falar da actualidade do Sporting com frequência, e no jogo do título, contra o Beira-Mar, em que pintou o cabelo de verde, tal e qual os jogadores fizeram.


Saudações leoninas,
Ruben Proença de Amorim





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