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sexta-feira, 28 de outubro de 2011

O renascer de Matigol?


Nasceu em Caballito (Argentina) num dia 15 de Maio, corria o ano de 1986, filho de mãe argentina e pai chileno, cedo abandonou o país natal, aos quatro anos de idade mudou-se com a família para La Calera (Chile), a Argentina "perdia" um jovem que mais tarde viria a ser apelidado de "El Crack", "Matigol" ou "Pelusa", ficou a ganhar o Chile.
Fez quase toda a sua formação jovem no Colo-Colo, onde sempre se destacou, com naturalidade foi promovido à equipa principal, no ano de 2004, tinha 19 anos, em três épocas Matigol encantou a aficción del Eterno Campeón, tinha tudo a seu favor, jogava numa grande equipa do futebol sul-americano, era um predestinado, cedo começou a despertar atenções fora do seu país, os números (112 jogos-57 golos) impressionantes para um playmaker, assim o justificavam.
Sem surpresas, em Dezembro de 2006, o Villarreal antecipou-se a vários emblemas europeus, e pagou 8,5 milhões de euros pelo seu passe, em Espanha falava-se dum novo "Aimar", que Matías Fernández tinha sido uma das melhores contratações de La Liga 2007-2008, o El Madrigal suspirava de expectativa, tinham encontrado um craque, e Matigol rumava à melhor Liga do Planeta.
Mas no "submarino amarelo" o chileno nunca se impôs, alternava a titularidade com o banco de suplentes, as boas exibições com prestações sofríveis, duas épocas e meia no El Madrigal, 89 jogos-7 golos, números razoáveis mas que ficavam aquém das expectativas nele depositadas, e acima de tudo que não justificavam o elevado valor pago ao Colo-Colo.
A Direção do Villarreal considerou Matigol transferível, e colocou-o no Mercado, o Sporting, crente nas qualidades do chileno, fez uma proposta ao clube espanhol, 3,7 milhões de euros, aceites de imediato para espanto de muitos, pois a venda do jogador iria causar um prejuízo de 4,8 milhões de euros em relação ao que havia custado, em Junho de 2009 rumava a Lisboa.
Em Alvalade Matías teve o mesmo desempenho que em Espanha, soluçante, umas vezes titular, outras suplente, muitas vezes assolado por recorrentes problemas musculares que o empurravam para o ginásio, dentro do Sporting começava-se a questionar "será que o negócio foi assim tão bom?", as razões para isso eram justificadas, Matigol não dava o "clique".
Foram duas épocas do mesmo registo, nem Paulo Bento, nem Carlos Carvalhal e muito menos Paulo Sérgio conseguiram encontrar o "arrancador" do chileno, para desespero dos adeptos sportinguistas, habituados que estão, ao longo da história do clube, ao "barrete" sul-americano da ordem, a esperança não morria, mas esmorecia.
Com a chegada de Domingos ao Sporting, Matigol foi dado como transferível, muito se falou do interesse de Bursaspor (Turquia) e Newcastle (Inglaterra), e de hipotéticas propostas entre os 6 e 7 milhões de euros, nunca confirmadas, muito menos oficializadas, Domingos esse passava uma mensagem clara para o exterior e acima de tudo para interior do clube, Matías Fernández seria uma peça fundamental do "seu" Sporting.
O começo da época prespectivava o mesmo de sempre, sem o "clique" do chileno, um problema muscular criava nos adeptos do Sporting uma sensação de "deja-vu", muitos entendiam que era chegada a hora de Matigol partir, Domingos não cedeu e esperou, nos últimos quatro jogos (Lazio, Famalicão, Vaslui e Gil Vicente), o chileno apareceu recuperado, como titular, e começou a jogar a um nível só antes visto no Chile.
Neste último mês o chileno tem carregado quase a equipa às costas, finta, corre, defende, desmarca, assiste e até marca, os seus fãs e maiores defensores dizem "é agora!", julgo no entanto que ainda é cedo para tirar conclusões, e que é preciso esperar mais e verificar se essa "explosão" de facto aconteceu...será este o renascer de Matigol?...a bem do Sporting e do próprio, oxalá que sim.

Colo-Colo


Villarreal


Sporting



Saudações leoninas,
Ruben Proença de Amorim



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