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sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Juve Leo, 35 anos de história e de apoio ao Sporting




"UM DIA JUVE LEO, JUVE LEO ATÉ MORRER"



A Juventude Leonina, também conhecida pela abreviatura Juve Leo ou JL76, é a claque mais antiga do Sporting Clube de Portugal formada em 1976. É também a mais antiga claque oficial criada em Portugal, fundada pelos irmãos João e Gonçalo Rocha, filhos do então presidente do Sporting João dos Anjos Rocha. A Juventude Leonina é uma claque bastante conhecida internacionalmente, tendo protagonizado episódios bem conhecidos entre a comunidade Ultra.
Esta é uma claque rigorosamente organizada desde o dia da sua fundação, que se divide em núcleos caracterizados pela localização. Nos jogos a claque fica situada na bancada Superior Sul, sectores A16 e A18 do Estádio José Alvalade.
A Juventude Leonina é, actualmente, o mais antigo grupo organizado de adeptos em Portugal. Tendo sido fundada em 1976 pelos filhos do então presidente do Sporting, João Rocha, de inicio não seria mais que um grupo de jovens que entre si partilhavam afinidades clubísticas e de amizade, até porque muitos foram colegas no Colégio São João de Brito, em Lisboa. De início, e contrariamente ao que se verificou mais tarde, de certa forma dando continuidade a uma tradição de apoio organizado que já existia em Alvalade na década de 70, com os célebres Vapores do Rego, um grupo de jovens brasileiros que se destacava pelas suas alegres batucadas e que ajudaram a equipa a vencer o campeonato de 1973-74, equipa onde pontificavam, entre outros, Vítor Damas e Héctor Yazalde. As influências inglesas (movimento hooligan) e italianas (movimento ultra) vieram mais tarde, mais concretamente no início dos anos 80. No que diz respeito aos primeiros anos de vida da Juventude Leonina, a sua formação estava integrada num projecto de grande dinamismo que o presidente João Rocha trouxe ao Sporting, que se traduziu na construção de grandes equipas de futebol, que culminaram com as "dobradinhas" de 1973-74 e 1981-82, para além do título de 1979-80, e num ecletismo que implicou as vitórias no hóquei em patins, no andebol, no basquetebol, no atletismo e em muitas outras modalidades, convém não esquecer que em 1986, quando João Rocha abandonou a presidência do Sporting, o clube contava com mais de 100 000 sócios.
Nos primeiros anos da década de 80, a claque encontrava-se situada na Superior Sul do Estádio de Alvalade, tendo passado, por volta dos anos de 1983/1984, para a célebre Ponta Sul. Neste período já encontramos a claque com uma maior organização, começam a surgir as primeiras faixas, as primeiras bandeiras com simbologia alusiva à claque e a utilização regular de potes ou tochas de fumo, seguindo o modelo italiano dos grupos ultra. Toda a cor e alegria que a Juventude Leonina trazia aos estádios portugueses fez com que nos outros clubes começassem também a surgir grupos organizados de apoio, compostos essencialmente por jovens, como foi o caso dos Diabos Vermelhos no Benfica fundados em 1982, dos Dragões Azuis no F. C. Porto, uma década após a formação da Juventude Leonina, da Fúria Azul no Belenenses e dos Panteras Negras do Boavista Futebol Clube, fundados em 1984, da Alma Salgueirista do Salgueiros e da Mancha Negra da Académica de Coimbra, fundadas em 1985, ou seja, na primeira metade da década de 80 quase todos os clubes que disputavam a primeira divisão contavam com uma claque organizada, sendo de referir que só no Sporting chegaram a existir em simultâneo, por volta de 1986,quatro grupos reconhecidos oficialmente pela direcção sportinguista (Onda Verde, Força Verde, Norte Leonino e Juventude Leonina), para além daqueles que não contavam com o apoio oficial (por exemplo, a Torcida Verde fundada em 1984, cujos fundadores chegaram a militar na Juventude Leonina, e que só viu o seu apoio reconhecido a nível oficial em 1988). Toda esta proliferação de claques organizadas culminaram nos Congressos Nacionais de Claques organizados nos anos de 1984 e 1985.
Os anos 80 significam para o Sporting o início do longo jejum no que diz respeito a títulos no futebol sénior. Com excepção das vitórias alcançadas na gloriosa época de 1981-82, só há a destacar a vitória na Supertaça da época 1986-87, resultante da presença na final da Taça de Portugal perdida para o eterno rival S. L. Benfica. Contudo, foi também na década de 80 que as claques de futebol se instalaram definitivamente no imaginário desportivo português, constituindo o Estádio de Alvalade um exemplo para os restantes clubes no que diz respeito a apoio organizado. Foram várias as claques portuguesas que adoptaram o nome "Juventude", ou até mesmo o diminutivo "Juve" (ex: Juventude Bracarense no Sporting de Braga, ou Juve Negra no Tirsense), influenciadas pela dinâmica e capacidade de organização que a Juventude Leonina demonstrava, às quais não seriam alheias certamente as ligações familiares dos fundadores da claque. Começaram também nos anos 80 as deslocações ao estrangeiro por parte da Juventude Leonina, a primeira terá talvez sido a Sevilha na época 1983-84 em jogo a contar para a Taça UEFA. Seguiram-se outras como Auxerre (1984-85), Roterdão, Bilbao (ambas na época 1985-86), San Sebastian (com a Real Sociedad em 1988-89) e a Nápoles (1989-90), onde na equipa local pontificava um senhor de nome Diego Armando Maradona... Contudo, ficaram também célebres as noites europeias de Alvalade, donde se podem destacar os jogos com Athletic de Bilbao, Barcelona, Atalanta, Ajax e o já referido Nápoles.
No entanto, o apoio dado pela Juventude Leonina ao clube não se limitava ao futebol, e desta forma modalidades como o hóquei em patins , futsal ou o andebol (sendo de recordar no caso específico do andebol a final da Taça de Portugal da época 1988-89, disputada em Loures contra o eterno rival da 2ª Circular) também beneficiaram da presença da claque no pavilhão ou na nave do antigo Estádio José de Alvalade. Também é até hoje a melhor e maior claque de Portugal.


Fonte: WikiPedia









Saudações leoninas,
Ruben Proença de Amorim

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