Sporting-U.Leiria (3-1) - Análise

Jogo difícil como era expectável, as equipas de Manuel Cajuda sempre causaram dificuldades ao Sporting, e a U.Leiria vinha escudada por duas vitórias seguidas, o que não colocava a equipa numa situação de precisar urgentemente de pontuar em Alvalade, e quando assim é a tarefa torna-se mais complicada, jogar com um adversário "tranquilo" propicia esse cenário.
O Sporting até não entrou mal no jogo, embora sem deslumbrar, Capel e Matías Fernández foram "enormes" nos primeiros 15 minutos, arrasando por completo o vértice direito da defesa leiriense, o primeiro golo por Matías surgiu cedo (8 minutos), mas não teve o condão de projectar a equipa para uma grande exibição.
A U.Leiria soltou-se mais, criou situações de golo em contra-golpe, e após uma abordagem à bola menos correcta do júnior Ilori, surgiu, diga-se sem grande surpresa, o golo do empate por Djaniny, corria o minuto 21, o Sporting esboçou alguma reacção, e até ao fim da 1ª parte, duas oportunidades para os leões, uma para os leirienses.
Na 2ª parte a matriz do jogo não se alterou, o Sporting a tentar, muitas vezes mal, calibrar o seu futebol ofensivo, e uma U.Leiria forte defensivamente e atrevida no contra-ataque, o jogo estava incerto, até que uma boa jogada de entendimento à esquerda, deu o espaço e o tempo necessários a Elias para servir Matías Fernández para o 2-1, aos 50 minutos de jogo.
A partir desse momento, e estranhamente, o Sporting começou a desacelerar, tentando gerir o jogo, mas com quarenta minutos por disputar, a ideia não "vence" por substância, os leirienses tiveram durante 15-20 minutos o controlo da partida, e em dois ataques rápidos podiam ter chegado ao 2-2, o que a ocorrer não escandalizaria.
Nos últimos dez minutos, com o maior acerto de Evaldo à esquerda e com a entrada de Arias para médio direito, fechando o lado esquerdo leiriense, o Sporting conseguiu "estancar" as incursões da U.Leiria e soltar-se mais no ataque, Arias arrancou uma jogada excelente (há ali jogador) na direita, serviu Elias de forma "açucarada" e só a mão de Ivo Pinto evitou o 3-1, penalti e expulsão, van Wolfswinkel converteu o lance no 3-1, aos 90+2 minutos, acabando o jogo nesse instante.
Registo ainda para a maior "casa" da temporada em Alvalade, ligeiramente acima dos 34,000 espectadores, mais mil do que os presentes no Sporting-Lazio, prova que o clube está a mostrar sinais que a bilheteira, o seu "calcanhar de aquiles", pode e deve melhorar com o decorrer da época.
Após o apito final, Capel dirigiu-se ao topo norte para dar a sua camisola à Torcida Verde, gerou-se uma corrida desenfreada ao varandim da bancada, e dois adeptos caíram no fosso, duma altura de cerca de cinco metros, felizmente sem grandes consequências, o espanhol esse, ficaria durante largos minutos "destroçado" emocionalmente...a actuação dos membros de segurança e emergência médica roçou, diga-se de passagem, a perfeição, sendo assim "tudo está bem, quando acaba em bem".


Saudações leoninas,
Ruben Proença de Amorim